Mostrar mensagens com a etiqueta Palavra. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Palavra. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, março 31, 2015

O VALOR DA PALAVRA



Apenas pelas palavras o ser humano alcança a compreensão mútua. Por isso, aquele que quebra sua palavra atraiçoa toda a sociedade humana.

(Michel de Montaigne)

Na nossa sociedade moderna a palavra dos humanos tem cada vez menos valor, porque a hipocrisia, a sacanice os interesses, vão dominando e envenenando as relações humanas.

Num passado ainda recente, a palavra era honrada por quem a dava, e com ela se selavam grandes negócios e grandes amizades, o que hoje é impensável.

Quando os homens se comportam como se estivessem numa selva, onde prevalece apenas a lei do mais forte, como acontece por estes dias, pergunta-se onde está a civilização e a sociedade justa que nos impingem as chamadas elites?



sexta-feira, julho 26, 2013

A VERDADE E A LEGITIMIDADE



Este governo é legítimo na medida que resultou de eleições livres, contudo esta legitimidade é formal, porque há muito que perdeu a confiança da maioria dos cidadãos devido à sua propensão para faltar à verdade.

Tudo começou logo depois da tomada de posse, quando começou a fazer o contrário do que tinha prometido. As promessas foram quebradas, os objectivos foram falhando sucessivamente, as previsões estavam todas erradas, o governo falhou redondamente, e mesmo na hora da demissão os ministros recusam aceitar os seus falhanços.

A mentira na política passou a ser comum, a palavra de alguns políticos não vale mesmo nada. Hoje toma-se uma decisão irrevogável, que logo a seguir é revogável. Hoje diz-se que não se conhecia um problema, amanhã diz-se que não se conhecia era a extensão e gravidade desse problema.

O país está de rastos e isso deve-se a uma classe política que tem passado pelo poder, mostrando incompetência, falta de palavra e sem saber assumir os seus erros. Se alguma coisa deve mudar na nossa Constituição deve ser a responsabilização dos governantes pelos seus actos de gestão danosa, bem como a possibilidade da sua destituição sempre que a sua governação seja contrária ao que constava no seu programa eleitoral.

Precisamos de gente séria no governo dos nossos destinos e não de carreiristas políticos que se servem de todas as artimanhas para ascender na vida e alcançar assim o poder, sem nunca se preocuparem com as necessidades dos cidadãos a quem deviam servir. Governar é servir e não servir-se…


CARTOONS

sábado, setembro 15, 2012

A CARECA DE PASSOS



Quando alguém tropeça nas suas próprias palavras costuma dizer-se que deixa a careca à mostra. Não julguem que me interessam os problemas capilares de Passos Coelho, que os tem, porque apenas me vou deter nas suas palavras.

Ainda há poucas horas tinha dito o 1º ministro, e o seu ministro das Finanças, que Portugal estava no bom caminho, referindo-se aos resultados das políticas de austeridade implementadas, para agora vir dizer que a dívida afinal até tem aumentado e ainda aumentará mais em 2013.

Passos Coelho disse, quando procurou justificar os cortes extraordinários e irrepetíveis, feitos aos funcionários públicos, que eram porque os seus salários representavam a maior fatia do Orçamento de Estado, e também que era porque eles não podiam ser despedidos. Agora já diz, ou manda dizer, que se encara a possibilidade de despedimento de funcionários públicos, e em rescisões amigáveis, e confessa o 1º ministro que a maior despesa do OE é a do encargo da dívida.

Também me recordo dos comentários de diversos membros deste governo, e da maioria que o suporta, em torno da afirmação de José Sócrates ( que nunca mereceu o meu apoio) de que as dívidas dos Estados não eram para se pagar mas sim para se gerir. Agora Passos já diz com toda a calma que terá de controlar a dívida e reduzir o seu nível para patamares aceitáveis, daqui a 15 ou 20 anos.

Será que a característica mais visível deste 1º ministro é a contradição absoluta do que diz antes e do que faz e projecta depois? Será que é um indivíduo que evolui a cada momento e que por isso não pode ser consistente no discurso e nas convicções? E será que os portugueses estão dispostos a confiar numa pessoa com estas características?

Eu não!


CARTOON
FOTOGRAFIA

segunda-feira, novembro 21, 2011

OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS

Para pessoas que foram criadas como eu, a palavra de um homem é para ser respeitada e os compromissos são para manter. Não teria muito futuro em certas actividades, com toda a certeza, e a política deve ser um dos casos.

Em Portugal temos visto a cadeira de primeiro-ministro ocupada com pessoas que não fazem o que prometeram quando se apresentaram ao eleitorado, e que facilmente dizem uma coisa hoje para dizer o seu contrário pouco tempo depois. José Sócrates não tem o exclusivo nesta matéria, porque depressa apareceu quem lhe veio fazer digna concorrência.

Na semana que passou ficámos todos a saber que as tabelas salariais dos funcionários públicos não vão ser mexidas em 2012, porque decorrem de compromissos assumidos, nas palavras de Passos Coelho.

É uma pena que o senhor 1º ministro não se recorde que disse que não ia aumentar os impostos e de que cortar subsídios aos funcionários públicos era um disparate, porque são muitos os portugueses que se recordam do que ele disse e que não cumpriu.

CARTOON


Ida às compras

segunda-feira, setembro 26, 2011

O QUE DIZ LÁ FORA…

Eu sempre disse que os políticos têm preparados diferentes discursos, consoante estejam na oposição, no governo, cá dentro ou lá fora.

Falo precisamente de Pedro Passos Coelho, actual 1º ministro e líder do PSD, porque é quem neste momento tem sob sua tutela a pasta da Cultura, que passou a ser uma Secretaria de Estado.

Lembro-me de ouvir este senhor dizer, enquanto líder do maior partido da oposição, que o Estado não tinha funcionários a mais, mas que estavam apenas mal distribuídos. Dizia também que não haveriam despedimentos na função pública, o então líder do PSD.

Agora Pedro Passos Coelho é 1º ministro e extinguiu o Ministério da Cultura, que enquanto Secretaria de Estado ficou sob sua tutela directa, o que foi considerado na altura um privilégio pois assim teria a sua atenção mais directa.

A atenção de Passos Coelho deve estar a milhas das questões da Cultura, pois não terá dado conta que o seu Secretário de Estado da Cultura, passou a tutela de dois Palácios Nacionais, o de Queluz e o Sintra, para a alçada da empresa pública Parques de Sintra – Monte da Lua, sem consultar os sindicatos e sem informar os trabalhadores daqueles serviços.

Estes dois Palácios Nacionais significam cerca de dois milhões de euros de receitas da Secretaria de Estado da Cultura, o que é praticamente o mesmo do que Francisco José Viegas pretende poupar para o orçamento de 2012.

Tão relevante como as verbas que a SEC deixa de receber, é a situação dos trabalhadores dos dois serviços que é pelo menos nebulosa, pois não é conhecido nenhum procedimento que acautele a sua situação, uma vez que os palácios não vão encerrar, como se percebe.

Falar lá fora (na ONU) em “relançamento do crescimento e do emprego”, parece um eufemismo quando cá dentro se tomam decisões destas em que os trabalhadores são simplesmente ignorados pela tutela, que por acaso é a do 1º ministro de Portugal.

Pensamos que se trata de uma decisão algo atabalhoada e que tudo se irá compor, mas vamos ver o que se segue e qual a solução que vai ser encontrada para as dezenas de trabalhadores destes dois serviços.


CARTOON
Cuidado com o que se pede

FOTOGRAFIA