terça-feira, março 31, 2015
O VALOR DA PALAVRA
sexta-feira, julho 26, 2013
A VERDADE E A LEGITIMIDADE
sábado, setembro 15, 2012
A CARECA DE PASSOS
segunda-feira, novembro 21, 2011
OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS
Para pessoas que foram criadas como eu, a palavra de um homem é para ser respeitada e os compromissos são para manter. Não teria muito futuro em certas actividades, com toda a certeza, e a política deve ser um dos casos.
Em Portugal temos visto a cadeira de primeiro-ministro ocupada com pessoas que não fazem o que prometeram quando se apresentaram ao eleitorado, e que facilmente dizem uma coisa hoje para dizer o seu contrário pouco tempo depois. José Sócrates não tem o exclusivo nesta matéria, porque depressa apareceu quem lhe veio fazer digna concorrência.
Na semana que passou ficámos todos a saber que as tabelas salariais dos funcionários públicos não vão ser mexidas em 2012, porque decorrem de compromissos assumidos, nas palavras de Passos Coelho.
É uma pena que o senhor 1º ministro não se recorde que disse que não ia aumentar os impostos e de que cortar subsídios aos funcionários públicos era um disparate, porque são muitos os portugueses que se recordam do que ele disse e que não cumpriu.

segunda-feira, setembro 26, 2011
O QUE DIZ LÁ FORA…
Eu sempre disse que os políticos têm preparados diferentes discursos, consoante estejam na oposição, no governo, cá dentro ou lá fora.
Falo precisamente de Pedro Passos Coelho, actual 1º ministro e líder do PSD, porque é quem neste momento tem sob sua tutela a pasta da Cultura, que passou a ser uma Secretaria de Estado.
Lembro-me de ouvir este senhor dizer, enquanto líder do maior partido da oposição, que o Estado não tinha funcionários a mais, mas que estavam apenas mal distribuídos. Dizia também que não haveriam despedimentos na função pública, o então líder do PSD.
Agora Pedro Passos Coelho é 1º ministro e extinguiu o Ministério da Cultura, que enquanto Secretaria de Estado ficou sob sua tutela directa, o que foi considerado na altura um privilégio pois assim teria a sua atenção mais directa.
A atenção de Passos Coelho deve estar a milhas das questões da Cultura, pois não terá dado conta que o seu Secretário de Estado da Cultura, passou a tutela de dois Palácios Nacionais, o de Queluz e o Sintra, para a alçada da empresa pública Parques de Sintra – Monte da Lua, sem consultar os sindicatos e sem informar os trabalhadores daqueles serviços.
Estes dois Palácios Nacionais significam cerca de dois milhões de euros de receitas da Secretaria de Estado da Cultura, o que é praticamente o mesmo do que Francisco José Viegas pretende poupar para o orçamento de 2012.
Tão relevante como as verbas que a SEC deixa de receber, é a situação dos trabalhadores dos dois serviços que é pelo menos nebulosa, pois não é conhecido nenhum procedimento que acautele a sua situação, uma vez que os palácios não vão encerrar, como se percebe.
Falar lá fora (na ONU) em “relançamento do crescimento e do emprego”, parece um eufemismo quando cá dentro se tomam decisões destas em que os trabalhadores são simplesmente ignorados pela tutela, que por acaso é a do 1º ministro de Portugal.
Pensamos que se trata de uma decisão algo atabalhoada e que tudo se irá compor, mas vamos ver o que se segue e qual a solução que vai ser encontrada para as dezenas de trabalhadores destes dois serviços.
