Quando perguntamos a alguém se
gosta de gratuitidades, a resposta é quase unânime, e afirmativa, pois claro.
Mas será que damos sempre o devido valor ao que não nos custa nada?
As entradas grátis nos museus,
palácios e monumentos dependentes do Ministério da Cultura, em todos os
domingos e feriados até às 14 horas, que se praticam desde Julho de 2017, são
contestadas por muitos dos trabalhadores destes serviços, que encaram esses
dias grátis como os mais difíceis de suportar, devido ao comportamento do público,
muito em especial nos equipamentos mais visitados.
Uma medida que terá sido
implementada para dar acesso a todos (residentes em Portugal) à Cultura, sem
custos, transformou-se num pesadelo para quem tem por função primordial, manter
o Património em segurança.
As queixas são mais do que
muitas, desde os que entram apenas porque é de borla e lhes deram um tempo
livre, aos que aproveitam a oportunidade porque o tempo na praia não está bom,
ou os que vieram dar uma volta com os miúdos e lhes apetece dar uma volta ao
museu (sem os prepararem para a visita), até aos que fazem tempo para o almoço.
Serão estes a maioria, ou existem muitos que querem mesmo aproveitar para
conhecer o Património?
Claro que há muito boa gente que
merece as tais borlas, mas infelizmente também há quem desperdice estas
oportunidades, desrespeitando quem trabalha e sobretudo, desrespeitando o
Património com comportamentos inqualificáveis.
Em vez do tal Bilhete Especial
(Bilhete Doação), que não teve qualquer aderência, talvez seja de ponderar
outra modalidade, um custo reduzido (por exemplo), até porque o orçamento dos
museus, palácios e monumentos é tão curto que nem chega para as necessidades
imediatas.
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