Num círculo de amigos, todos já
entradotes, a conversa encaminhou-se para as doenças e para as queixas que
quase todos temos e nem sempre tornamos públicas.
O pessoal, todos na casa dos
sessentas, foi falando do assunto e veio a lume o modo como cada entidade
patronal encara a saúde dos seus funcionários, o modo como vai gerindo o seu
envelhecimento, e como se comporta atendendo às suas obrigações.
Alguns de nós já alcançaram a
reforma, ou porque estavam em boas empresas, ou porque aproveitaram bons tempos
para o fazer. A maioria ainda está no activo, em empresas que aproveitam bem a
experiência e em trabalhos com menos desgaste físico, em profissões liberais,
mas também alguns em entidades sem qualquer consideração pelos colaboradores
(como gostam de dizer), estagnados nas suas carreiras e sem qualquer alívio nas
funções mais desgastantes, bem como sem qualquer respeito pelas obrigações
legais.
É sintomático constatar que é
precisamente no Estado, mais concretamente (no grupo que frequento), na Cultura
(museus, palácios e monumentos) que chegámos à conclusão que NUNCA, os
funcionários tiveram ocasião de ser observados pelo médico da Medicina no
Trabalho, nem foram mandados fazer exames tão simples como um
electrocardiograma, ou umas análises ao sangue e à urina.
No grupo restrito dos museus,
monumentos e palácios, éramos 3, e em conjunto passámos por 6 serviços
diferentes, sendo que nenhum de nós tem menos de 30 anos de serviço na área, o
que não abona nada de bom para o Ministério da Cultura, que pelos vistos tem
problemas em cumprir a legislação vigente, também nesta matéria.
2 comentários:
Até de olhos fechados a coisa está à vista
O estado é quem menos cumpre as suas próprias leis.
Abraço e bom fim-de-semana
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