sábado, junho 09, 2018

CULTURA ESQUECIDA DA MEDICINA NO TRABALHO


Num círculo de amigos, todos já entradotes, a conversa encaminhou-se para as doenças e para as queixas que quase todos temos e nem sempre tornamos públicas.

O pessoal, todos na casa dos sessentas, foi falando do assunto e veio a lume o modo como cada entidade patronal encara a saúde dos seus funcionários, o modo como vai gerindo o seu envelhecimento, e como se comporta atendendo às suas obrigações.

Alguns de nós já alcançaram a reforma, ou porque estavam em boas empresas, ou porque aproveitaram bons tempos para o fazer. A maioria ainda está no activo, em empresas que aproveitam bem a experiência e em trabalhos com menos desgaste físico, em profissões liberais, mas também alguns em entidades sem qualquer consideração pelos colaboradores (como gostam de dizer), estagnados nas suas carreiras e sem qualquer alívio nas funções mais desgastantes, bem como sem qualquer respeito pelas obrigações legais.

É sintomático constatar que é precisamente no Estado, mais concretamente (no grupo que frequento), na Cultura (museus, palácios e monumentos) que chegámos à conclusão que NUNCA, os funcionários tiveram ocasião de ser observados pelo médico da Medicina no Trabalho, nem foram mandados fazer exames tão simples como um electrocardiograma, ou umas análises ao sangue e à urina.

No grupo restrito dos museus, monumentos e palácios, éramos 3, e em conjunto passámos por 6 serviços diferentes, sendo que nenhum de nós tem menos de 30 anos de serviço na área, o que não abona nada de bom para o Ministério da Cultura, que pelos vistos tem problemas em cumprir a legislação vigente, também nesta matéria.   


2 comentários:

O Puma disse...

Até de olhos fechados a coisa está à vista

Elvira Carvalho disse...

O estado é quem menos cumpre as suas próprias leis.
Abraço e bom fim-de-semana