O desembarque inglês foi suspenso
por Harold Wilson, para evitar um embate entre aliados de séculos pois ficou
claro que Salazar não iria retroceder.
A frota inglesa voltou para águas
internacionais e começou um bloqueio naval ao tráfego marítimo com destino à
Beira, sendo apenas permitido que passassem os navios de mercadorias com
mercadorias de e para Moçambique, Todos os navios com mercadorias para a
Rodésia eram impedidos de entrar no porto da Beira.
Portugal decidiu reforçar a
forças terrestres e aéreas na zona, com mais militares e aviões mais modernos
(Fiat G91 e F84), bem como peças de artilharia, que equilibravam as duas
forças, a inglesa e a portuguesa.
Por esses dias um petroleiro
denominado Iona V, de cerca de 12.000 toneladas, carregado de crude para uma
refinaria da Rodésia, chegou próximo das águas territoriais portuguesas ao
largo do porto da Beira.
O plano inglês era de paralisar a
Rodésia por falta de combustíveis, mas Salazar decidiu contrariar os ingleses,
não permitindo a interdição de acesso ao porto da Beira.
Uma fragata e um draga-minas que
estavam fundeados na Beira, receberam ordens para zarpar e ir buscar o
petroleiro bloqueado pela armada inglesa. Os navios partiram e foram colocar-se
um de cada lado do petroleiro, de modo a que se os ingleses quisessem impedir o
navio de rumar à Beira, teriam de disparar sobre os vasos de guerra
portugueses.
As ordens emanadas de Londres
foram para não se abrir fogo, e o petroleiro grego foi então o primeiro a furar
o bloqueio imposto pelos ingleses. Harold Wilson percebeu que Salazar jamais
permitiria este embargo, e mandou retirar a sua força naval.
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