Partidos, governo, e sindicatos parecem
entretidos com jogos florais no que respeita à aposentação, ora aumentando a
idade da reforma, ora dizendo que se facilita a reforma a quem tem 48 anos de
descontos ou a quem apresente descontos antes dos 15 anos de idade.
Todos sabem que as carreiras
contributivas começaram a diminuir, em termos de anos de descontos, já na
década passada, porque aumentou a escolaridade obrigatória, e também porque a
precariedade e o desemprego a isso conduziram.
Muitos parecem desconhecer a
realidade, mas foram muitos a quem foi prometido que ao fim de 36 anos de
descontos teriam direito à reforma por inteiro, e a outros que 40 anos de
descontos também davam o mesmo direito.
Hoje temos governos, partidos e
sindicatos numa discussão inútil, sobre particularidades da carreira
contributiva, mas ninguém parece disposto a obrigar o governo a cumprir o que é
mais básico, que é honrar os compromissos assumidos no princípio das carreiras
contributivas, que se resumia ao número de anos de descontos exigido.
Uns acham que alguns lutam por
eles, mas na verdade não vejo nenhum partido a defender claramente as reformas
por inteiro aos 60 anos de idade (ou mais) com 40 anos de descontos.
Será que se espera que as
gerações actuais vão ter carreiras contributivas de mais de 40 anos?
1 comentário:
Eles pensam que lidam com mentecaptos, que se deixam levar ( alguns vão na fita...)pelas balelas oportunistas.
Quando se verifica que há dez anos consecutivos os pensionistas levam com a estagnação e com os aumentos habituais...
Dá que pensar e dá direito a revolta quando se olha para uma perda de mais de 15% na qualidade de vida.
Enviar um comentário