Por razões diversas interessei-me
pelo abastecimento de água aos Paços Reais, e pelo modo como esse abastecimento
era feito, mesmo em tempos muito recuados.
Não vem agora ao caso esmiuçar
todos os detalhes, mas sim afirmar que palácios como o da Ajuda, o de Queluz, o
da Pena, o de Sintra, ou o das Necessidades, eram abastecidos pelo
aproveitamento de águas de fontes e minas, sendo estas águas transportadas por
levadas, pequenos aquedutos e outros tipos de condutas, até aos depósitos que
serviam cada palácio.
Existem registos dispersos dos
diversos abastecimentos mais antigos e existe um livro elucidativo e bem
detalhado, datado de 1904, sobre as águas que abastecem os almoxarifados das
reais propriedades, sobre este assunto.
Tanto quanto conheço estes
antigos abastecimentos foram deixados ao abandono durante muitos anos, e apenas
o Paço da Vila de Sintra ainda aproveitava boa parte desse abastecimento, a
Pena não aproveita quase nada, e nos restantes nem consegui que alguém me desse
alguma informação, parecendo desconhecer totalmente de onde vinham as águas no
tempo da monarquia.
Existem vestígios claros na
Matinha em Queluz, para não falar do aqueduto, um grande depósito na Ajuda, e
uma nora em Mafra, para dar apenas alguns exemplos.
Sem comentários:
Enviar um comentário