O caso da Autoeuropa com o
trabalho ao sábado, sendo tratado como um dia normal de trabalho, fez com que
as caixas de comentários das notícias se enchessem de imensas alarvidades, de
quem não sendo atingido pela medida ataca quem se procura defender com os
instrumentos que tem ao seu dispor.
Há pouco mais de uma vintena de
anos a semana normal de trabalho era de segunda a sexta, e o sábado e domingo
eram dias de descanso para a maioria dos portugueses, embora existissem alguns
serviços de utilidade pública, que laboravam aos fins-de-semana e aos feriados.
A vida decorria na completa normalidade e ninguém se queixava, e os patrões
quando tinham que satisfazer encomendas superiores à produção normal, recorriam
ao trabalho extraordinário durante o tempo necessário, e tudo se resolvia a
contento.
Com o ultraliberalismo e as suas
teorias economicistas, as relações laborais desequilibraram-se e diminuiu a
protecção do factor trabalho, aumentando o poder do factor capital, tudo em
benefício de maiores lucros com a diminuição dos custos, leia-se direitos
laborais.
O sábado e o domingo não deviam
nunca ser considerados como dias normais de trabalho, e quem quiser que os seus
trabalhadores trabalhem nesses dias, deve ser obrigado a remunerar esse
trabalho como extraordinário, é simples. Isto deve ser válido para o Estado e
para os privados e em todos os sectores.
Nada paga os inconvenientes para
a vida pessoal e familiar de quem está privado de poder folgar normalmente nos
mesmos dias que a maioria, mas há que reconhecer que não é a mesma coisa
trabalhar quando a família e amigos estão de folga, e ser obrigado a folgar
muitas vezes em dias à escolha dos serviços.
Nota: Trabalho há mais de 40 anos
aos sábados, domingos e feriados, e só me lembro de ter folgas normais durante
seis meses.
Este remédio era bom para muito invejoso
Inveja
4 comentários:
Há quem goste e aplaudam que os outros trabalhem sábados e domingos, mas quando lhes toca a eles a coisa perde o seu encanto..
Joca
Usar o trabalho ao sábado como um dia normal, é uma regressão de direitos. Embora em muitas profissões isso aconteça.
Abraço
excelente reflexão a sua:
lembro que uma época , aos domingos , nada ficava aberto.
apenas a igreja .
o domingo tinha cara de domingo e de descanso.
hoje o comércio abre e desfigura o dia de descanso.
grande abraço e feliz quarta feira abençoada.
:o)
http://elianeapkroker.blogspot.com.b
Para algumas criaturas a solução ideal seria a escravatura legalizada...
Bom dia
Enviar um comentário