O governo vai levar à Concertação
Social uma proposta para alterar o regime de reformas, e existiam expectativas
altas por parte dos trabalhadores, visto que o ministro Vieira da Silva tinha
anunciado que pretendia beneficiar os detentores de longas carreiras
contributivas.
Os benefícios são ainda pouco
conhecidos, mas pelo que já é público só os que têm carreiras de pelo menos 48
anos escapam às penalizações, o que arrefeceu as fundadas expectativas dos
trabalhadores.
O que também é digno de nota é a
afirmação que o que vai ser proposto na Concertação Social só se aplica a quem
desconta para a Segurança Social, porque a Função Pública continuará a com as
regras próprias, onde pelos vistos as penalizações se mantêm todas, com o
factor de sustentabilidade e as majorações existentes, o que é estranho.
É absolutamente justo que quem já
contribuiu durante 40 anos ou mais e atingiu uma idade de 60 anos, ou mais, já
merece o justo descanso e uma velhice descansada, caso seja essa a sua opção,
seja no público ou no provado, e um governo que não consiga reconhecer isso, e
não aproveite a oportunidade para rejuvenescer as empresas e os serviços
públicos, não está a pensar no futuro.
4 comentários:
bom dia
vou fazer 60 anos em julho e comecei a trabalhar com 18 , para poder beneficiar dessa lei tinha que começar a trabalhar com 12 anos, e como eu, milhares de portugueses.
com toda a franqueza não sei quem vai ser beneficiado .
vamos ver o que vão fazer os partidos de esquerda que estão no governo, que se dizem amigos dos trabalhadores como vão reagir !!!
JAFR
Será uma imposição da chamada União Europeia?
O meu marido ficou desempregado há 2 anos (com 58 anos), trabalhou e descontou desde os 15 anos de idade, sempre na mesma instituição bancária. Vai terminar o desemprego em Setembro deste ano e terá de inevitavelmente recorrer à reforma antecipada. Mesmo que esta lei venha beneficiar alguma coisa, por apenas dois meses estará fora dela!
Eu estou reformada por invalidez (cancro reincidente) com apenas 380 euros por mês e com despesas inimagináveis na saúde (se estivesse à espera do serviço público, já estava no cemitério há muito tempo). Não nos podemos dar ao luxo de ficar até janeiro à espera da nova lei.
Mas, pelo que já li àcerca da mesma, também não vai trazer benefícios nenhuns, dado que o fator de sustentabilidade desaparece mas a penalização por cada ano aumentará.
Com papas e bolos se enganam os tolos!
Uma sociedade que não se regenera, que oferece aos mais novos o desemprego para castigar com o trabalho os mais velhos, é uma sociedade doente sobretudo porque não há razões económicas que justifiquem essa opção. Mas atenção, a doença não está só nos que mandam, está também nos velhos e novos que os toleram, ou pior ainda, que os escolhem para determinar as políticas de emprego.
Não tenho dúvidas, se admitissem toda a massa jovem que está desempregada no mundo do trabalho e dispensassem os que andam lá sem motivações, a economia do país daria um grande salto.
Um abraço que já estou a escrever muito
Enviar um comentário