É muito frequente ouvir-se falar
na exiguidade dos dinheiros destinados à Cultura em Portugal, e muito
especialmente quando se fala no Património, que como todos sabem necessita de
verbas avultadas para a sua manutenção, renovação, restauro e exposições.
Sabe-se que o Estado entregou
alguns dos monumentos mais geradores de receitas à gestão privada (em Sintra),
e que se não fossem as receitas que ainda se vão gerando nos museus, palácios e
monumentos na dependência da DGPC, as verbas provenientes do Orçamento de
Estado não suportariam sequer os vencimentos e as despesas correntes da instituição.
Pois parece que os senhores
deputados não tomaram nada disto em consideração e decidiram ser “muito
simpáticos” com os cidadãos, avançando com gratuitidades que terão óbvias
consequências a muito curto prazo, isto se a sua recomendação constante da
Resolução da Assembleia da República número 38/2017, for acatada pelo governo.
Não se julgue que estou contra as
gratuitidades só porque sim, mas sim porque não se fazem omeletes sem ovos,
pelo que também não é possível melhorar o acesso e a oferta do Património aos
cidadãos sem as necessárias verbas, e não vi em lado nenhum alguém dizer de
onde virão as ditas.
1 comentário:
A gratuitidade é populista. Estamos em ano de eleições. E em ano delas, deita-se mão a tudo. Depois esquece. Esperemos. A bem da cultura.
Um abraço
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