A vida dos funcionários de
vigilância dos museus é tudo menos fácil, e eis que me proponho a divulgar duas
conversas bem elucidativas.
Entram dois casais com um ar
distinto, usando aquele palavreado típico que irrita um santo, e depois de
debitarem uma série de banalidades, eis que uma das senhoras se dirige a uma
peça de porcelana, que até estava em zona de protecção das baias daquela sala,
e pega nela virando-a ao contrário. A vigilante da sala dirige-se à senhora:
- Desculpe minha senhora, mas nas
peças expostas não se pode tocar.
A resposta da senhora, olhando
por cima dos óculos, veio de imediato.
- Eu sei, estava apenas a ver se
tinha alguma marca de fábrica.
Outra que por acaso presenciei,
foi a do senhor que atravessou o perímetro das baias de protecção de um coche e
se preparava para subir para o seu interior, com o filho ao colo, no que foi
impedido pelo funcionário, que se lhe dirigiu dizendo:
- O senhor não pode estar nessa
zona, nem tão pouco tocar na viatura.
O senhor irritadíssimo,
retorquiu:
- Não posso porquê? Onde é que
isso está escrito? Isto também é meu, e quem é você para me proibir, e o que é
que vai fazer?
Nem toda a gente tem estes comportamentos, mas
mesmo assim estas situações são comuns nos nossos museus, infelizmente.
2 comentários:
Uma campanha de sensibilização vinha a propósito, a pretexto das entradas grátis aos domingos e feriados pela manhã.
Bjo da Sílvia
A semana passada na Gulbenkian um cavalheiro estava a acariciar a perna da estátua da Diana, a Deusa da Caça. O segurança foi dizer-lhe que não o podia fazer, e o homem respondeu que apenas queria sentir se o material era mármore, que não roubava nenhum bocado à estátua etc e tal. E percorreu a sala a seguir sempre a clamar contra o segurança. Eu vi. Estava lá
Um abraço
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