Há alguns meses falou-se muito da
intenção demonstrada pelo Rijksmuseum de alterar o nome de algumas das suas
obras devido ao facto de terem recebido reclamações, segundo as quais algumas
pessoas diziam estar incomodadas com alguns termos utilizados nas legendas de
algumas peças.
Termos como “preto”, “negro”,
“mouro”, “anão” ou “selvagem” fazem parte da linguagem que seria actualizada,
como resposta ao desconforto de uma parte dos visitantes.
Na minha recente visita ao
Palácio/Convento de Mafra, e muito admirado pela falta de legendas, que sendo
poucas podiam (e deviam) ser menos amadoras, e uma chamou-me a atenção pelo seu
carácter inutilmente elitista.
A referência a “pessoal
superior”, mostrada no seu contexto na imagem abaixo, é absurdo, até porque
nunca vi nenhuma equivalência de “nobre” ser denominada como “pessoal superior”,
mas acredito que a legenda tenha sido elaborada por algum técnico superior, o
que pode (?) explicar a confusão.
Em rigor nem na situação dos
aposentos em questão, o quarto de camarista, no piso nobre, é superior ao dos
criados do sexo masculino (pessoal inferior?), que estavam situados nos
mezaninos (acima do piso nobre).
Estamos em crer que a designação
infeliz será corrigida em breve, e que as novas tabelas prometidas para 2017
venham a ter uma qualidade condizente com este conjunto monumental, porque há
que ultrapassar esta “pobreza franciscana”.
A
Cela fradesca
1 comentário:
Infelizmente as tabelas do Convento de Mafra são escassas, pouco esclarecedoras, e com um layout que mete dó.
Bjo da Sílvia
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