O caso da compra dos submarinos
voltou à ribalta por causa dos excessos do jornalista José Rodrigues dos
Santos, sobre as eleições gregas, em que este invocava o caso da compra dos
submarinos gregos, também à Alemanha.
Por cá investigou-se o caso e,
subitamente, o mesmo foi encerrado devido à sua prescrição. A justiça não
encontrou os culpados, não condenou os corrompidos pelos corruptores alemães,
que esses existem, mas também não declarou a inocência de nenhum dos suspeitos.
Devido a um outro caso que surgiu
na alta finança, o do BES, veio-se saber que muitos milhões foram distribuídos
por gente interveniente, ou conivente, na tal compra, que todos os
contribuintes pagaram com os seus impostos.
Aquilo a que nós chamamos de
corrupção e luvas, outros chamam de bons ofícios e prémios, mas o interesse
público que o governo usou para cortar salários e pensões, não foi invocado
para punir quem se “governou” com o dinheiro de todos nós.
Nós não somos gregos, é evidente,
mas que temos por cá muita coisa a que eu chamaria de corrupção, isso também é
evidente, mesmo que o Rodrigues dos Santos não o diga no telejornal.