Pode parecer estranho falar em
perigo de ditadura na Europa ocidental, o berço e um bastião da Democracia
deste mundo, mas não é nenhum disparate.
A zona euro reflecte há bastante
tempo a ideia, e não só, de que os países mais poderosos “ditam” as suas
regras, e que aos mais pequenos ou mais modestos apenas resta o dever de
obedecer.
Esta última crise económica, com
origem no sistema financeiro, fez maior mossa nos países com economias mais
fracas, e esses países foram forçados a uma austeridade brutal, cujos
resultados foram o empobrecimento dos povos, um crescer do desemprego, e um
aumento das dívidas soberanas a par da destruição de boa parte do tecido
produtivo.
Uma medida de choque desta
natureza não se pode prolongar durante muito tempo, e nunca pode ser imposta a
nível nacional contra a vontade dos cidadãos. Os países que formam a zona euro
não deixaram de ser autónomos, e não consta que qualquer dos povos tenha
abdicado dos seus direitos.
Como já vem sendo hábito, a
Alemanha através da sua líder Angela Merkel, veio agora dizer que considera a
saída Grécia da zona euro é quase inevitável, só porque vão haver eleições, e
há a possibilidade destas serem ganhas por um partido que não concorda com este
tipo de ajustamento económico e que terá o apoio popular.
Poderá uma Europa que se diz
democrática, tolerante e solidária, fazer ameaças de exclusão a um país só
porque os seus cidadãos já não suportam mais austeridade e colocam em causa o
método imposto, que provou não dar os resultados pretendidos?
3 comentários:
Ai amigo eu tenho muito medo de ditaduras. Mas a verdade é que vivi um terço da minha vida sob uma e receio que o resto da vida viva sob outra.
Um abraço e Bom Ano
A ver vamos
diz o cego
TOP SECRET -NO COMMENT
http://www.tugaleaks.com/passos-coelho-subsidio-reintegracao.html
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