São poucas as oportunidades que tenho para rever antigas leituras, mas quando elas surgem aproveito-as como posso. Como devem saber há textos que não perdem a actualidade e referências que não podemos perder.
Andava eu por aqui a percorrer uns textos do Rafael Bordalo Pinheiro, e não só, quando me surgiu a vontade de deixar aqui um pequeno excerto duma revista:
“Cá pelo país está tudo diferente e tudo na mesma. As lutas pelo poder continuam. Os partidos sucedem-se. Ainda há algum tempo em conversa com Rafael falámos sobre isso. E que a política é como uma “grande porca”, ambos concordamos. É que na política todos mamam. E como não chega para todos, parecem bacorinhos que se empurram para ver o que consegue apanhar uma teta.
…
Os políticos discursam sem nada dizer. A igreja vai vivendo dos rendimentos, e bem bons que eles são. E cá o Zé vai continuando ora com a “albarda” às costas, ora a apertar o cinto.”
O desprezo que Rafael Bordalo Pinheiro começava a sentir pelos jogos políticos e oportunismo extensivo a todos os partidos e instituições nacionais, é bem visível pelo modo como ilustrou a política nacional, como “A Grande Porca”, que tem continuação com “O grande cão” (finanças), “A galinha choca (economia), e mais tarde “O grande caranguejo” (o progresso), “A grande burra” (educação), ou “O grande cágado” (beneficência).
4 comentários:
E não é que é actual!?
Pois há textos que são intemporais.
Um abraço e bom Domingo
O desprezo do Bordalo é idêntico ao que demonstram cada vez mais portugueses, perante uma classe política que se serve e não serve o país.
Bjos da Sílvia
Grandes ilustrações e actuais :)
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