Ouvir a administradora do Banco de Portugal, Teodora Cardoso, dizer que “temos de mudar de vida”, dá-me uma imensa vontade de rir, mesmo esquecendo o facto de esta ser um frase de um outro personagem da política, que nem vale a pena citar.
De acordo com a senhora economista, temos que reduzir o endividamento, em todas as suas vertentes, ao mesmo tempo que devemos fomentar o crescimento sustentado. A quadratura do círculo parece ainda não ter sido possível, mas não informaram esta senhora.
As receitas são as do FMI e da União Europeia, que se esgotam na redução a toda a força do endividamento externo, com a contracção forçada do consumo interno, com a consequente estagnação da economia, o aumento do desemprego e a diminuição da protecção social e dos salários.
Apesar de tudo, Teodora Cardoso veio recordar que a fuga de jovens portugueses para o estrangeiro seria “a maior tragédia, pior que a dívida externa”, ainda que não tenha explicado como é que ela pode ser evitada com as políticas restritivas implementadas.
3 comentários:
Eu acho indecente que venham dizer que ten«mos de mudar de vida e que estamos vivendo acima das nossas possibilidades.
E gostaria de saber o que acontece a quem tem ordenados e prénios e regalias - tanto no privado como no público - e que me informassem se essas pessoas também não estão recebendo acima das possibilidades do país.
Tudo de bom.
ainda existe gente "iluminada" em Portugal, pena que a senhora em questão tenha a lâmpada fundida.
Ai a Teodora que gosta muito do Silva e diz que pode haver uma tragédia mas que tudo isto é necessário. Sol na eira e chuva no nabal, é discurso para nabos, feito por economistas que sempre estiveram de acordo com os políticos no poder.
Kokuana
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