terça-feira, fevereiro 01, 2011

MORRER DA CURA

Ouvir a administradora do Banco de Portugal, Teodora Cardoso, dizer que “temos de mudar de vida”, dá-me uma imensa vontade de rir, mesmo esquecendo o facto de esta ser um frase de um outro personagem da política, que nem vale a pena citar.

De acordo com a senhora economista, temos que reduzir o endividamento, em todas as suas vertentes, ao mesmo tempo que devemos fomentar o crescimento sustentado. A quadratura do círculo parece ainda não ter sido possível, mas não informaram esta senhora.

As receitas são as do FMI e da União Europeia, que se esgotam na redução a toda a força do endividamento externo, com a contracção forçada do consumo interno, com a consequente estagnação da economia, o aumento do desemprego e a diminuição da protecção social e dos salários.

Apesar de tudo, Teodora Cardoso veio recordar que a fuga de jovens portugueses para o estrangeiro seria “a maior tragédia, pior que a dívida externa”, ainda que não tenha explicado como é que ela pode ser evitada com as políticas restritivas implementadas.



FOTOGRAFIA


CARTOON

3 comentários:

São disse...

Eu acho indecente que venham dizer que ten«mos de mudar de vida e que estamos vivendo acima das nossas possibilidades.

E gostaria de saber o que acontece a quem tem ordenados e prénios e regalias - tanto no privado como no público - e que me informassem se essas pessoas também não estão recebendo acima das possibilidades do país.

Tudo de bom.

Daniel Santos disse...

ainda existe gente "iluminada" em Portugal, pena que a senhora em questão tenha a lâmpada fundida.

Anónimo disse...

Ai a Teodora que gosta muito do Silva e diz que pode haver uma tragédia mas que tudo isto é necessário. Sol na eira e chuva no nabal, é discurso para nabos, feito por economistas que sempre estiveram de acordo com os políticos no poder.
Kokuana