segunda-feira, setembro 13, 2010

DESEMPREGO E POLÍTICAS

Desde 1975 o número de desempregados em Portugal quadruplicou. Na realidade nunca tivemos um desemprego tão alto, pelo menos desde que há registos.

Os nossos políticos e empresários culpam sempre os trabalhadores desta situação, falando em baixa competitividade e promovem políticas laborais mais liberais, facilitando os despedimentos, baixando salários, aumentando horários e tornando as relações laborais cada vez mais precárias.

As deslocalizações e a liberalização dos mercados nunca entram na equação da perda de competitividade do Ocidente, e são consideradas um avanço civilizacional, mas será que não foram também feitas de um modo incorrecto e prejudicial por criarem situações de falsa competitividade.

Parece que só agora é que os responsáveis pela política económica começam a ver que os danos na economia Ocidental foram tremendos e que o desemprego atingiu proporções que as nossas economias não podem suportar. A frase de Strauss-Khan “se não se adoptarem políticas adequadas para fazer frente a esta tragédia (desemprego), o custo económico e social será tremendo, porque estamos a falar de uma geração perdida”, é um sinal de que há que mudar urgentemente.

É uma pena que os nossos políticos e empresários ainda não tenham aberto os olhos para a realidade, e continuem a atacar os salários e as condições de trabalho, mas no que é mau costumamos estar sempre nos primeiros lugares.



FOTOGRAFIA


CARTOON
O Ovo ou a Galinha?

Fintando o Pecado Original

2 comentários:

Anónimo disse...

O dinheiro fácil que os oportunistas tanto desejam consegue-se mais facilmente durante as crises, porque os grandes negócios dependem do grande número de pessoas com corda na garganta.
Cumps

Cristina Torrão disse...

Tornar as relações laborais precárias é de facto um grande erro. Está provado que a produtividade aumenta quando os trabalhadores se sentem bem recompensados e seguros. Em vez de só verem números à frente, os políticos e os empresários deviam ver pessoas, seres humanos, como eles.