Os cidadãos têm sempre ao seu dispor diversas formas de intervir nos destinos das nações, seja qual for o regime em que se encontrem.
Em Democracia temos a tendência de reduzir a participação cívica ao simples acto de votar de tempos a tempos, deixando o poder nas mãos de outrem, muitas vezes sabendo que esses que se nos impõem, não estão verdadeiramente interessados no bem comum, e nunca irão cumprir as promessas com que nos tentam enganar durante as campanhas eleitorais.
Há quem tente mudar as coisas de dentro para fora, entrando no jogo partidário, mas por uma razão ou por outra, acabam sempre por ser “engolidos” pelo que se apelida de “sistema”.
Muitas vezes resta apenas a contestação. Não há nada de errado com a contestação, quando o poder não dá resposta aos interesses das populações.
Em Moçambique houve contestação por causa dos aumentos dos bens essenciais, o que tornava a vida dos cidadãos ainda mais difícil do que até aqui. Apesar do uso da força por parte das autoridades, acabou por existir cedências e muitos preços já não vão aumentar. Em França contesta-se a mudança da idade da reforma, dos 60 para os 62 anos, e o governo de Sarkozy admite agora negociar certos aspectos desta medida, e parece condenado a perder as próximas eleições.
O poder está nas mãos dos cidadãos, e não podemos estar conformados com o que nos querem impor uns quantos senhores que foram mandatados para fazer uma coisa e agora pretendem fazer o seu contrário. Contestar é uma forma participar nos nossos destinos.
2 comentários:
Zé Povinho,
Contestar sim, sim... mas lá mais para a frente, depois das férias! O povo é sereno.
Viste nas tvs aquela valente mulher moçambicana e a forma determinada como reagia e enfrentava a polícia?
Aquilo sim, é contestação!
Um abraço
Cara Meg
Perante políticos que não assumem o falhanço das políticas por eles implementadas, o que resta ao povo?
Esperar porquê ou por quem?
Abraço do Zé
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