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terça-feira, outubro 14, 2014

HIPOCRISA OU DESCARAMENTO?



Em Portugal estamos habituados há hipocrisia na política e não só, mas por vezes sentimo-nos ofendidos por que vemos que há quem nos julgue a todos, uns grandes tolos.

O anúncio da possibilidade de descida do IRS já no próximo ano, ou pelo menos a redução da sobretaxa do IRS em 1%, andou nas páginas dos jornais e nas bocas de muita gente, sem nunca ser desmentida, até que hoje veio a notícia de que poderá haver alguma descida mas só em 2016, e se houver um aumento da eficácia na cobrança de impostos em 2015.

Houve muita hipocrisia em todo este assunto, e o que vieram agora dizer os responsáveis governamentais nem sequer foi claro, pois vai desde o aumento das receitas fiscais até à eficácia da própria máquina fiscal, ficando o retorno do que se pagou para o próximo executivo, que resultará das próximas eleições.

Descaramento é o que não falta ao presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, que veio a público dizer que a indexação da redução da sobretaxa de IRS ao aumento da receita fiscal é “uma medida responsável, porque todos chegaram a recear medidas eleitoralistas”.

A “sensatez” aduzida por António Saraiva quanto à descida do IRS, contrasta com a falta dela na descida do IRC que agradou muito a este dirigente patronal, mas que não ficou indexada a absolutamente nada…


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segunda-feira, março 10, 2008

RECUO OU SENSATEZ?

Tenho ouvido e lido diversos comentadores conceituados dizer que, após a manifestação de sábado passado, e perante as posições extremadas, qualquer recuo do executivo seria encarado como um sinal de fraqueza do governo e uma cedência que fragilizaria José Sócrates. Por isso todos eles vaticinam que a ministra da Educação não vai ser demitida e que o 1º ministro vai manter a sua política, apesar de tudo.

Ainda há pouco ouvi o professor Marcelo Rebelo de Sousa dizer algo um pouco diferente, afirmando que Sócrates vai manter o discurso, mas vai fazer deslizar os prazos da avaliação dos professores, e anunciar grandes projectos ao mesmo tempo que acena com a possibilidade da redução de impostos, porque a sua teimosia não lhe permite recuos, como os feitos por Cavaco Silva.

Parece-me que os colunistas e os comentadores não perceberam bem o que se está a passar em Portugal, e que não entenderam que o apoio generalizado das populações a este protesto (justo) dos professores, reflecte um mau estar social, que extravasa simpatias partidárias ou sensibilidades ideológicas. A grande maioria dos cidadãos protestaria igualmente caso não tivesse medo das consequências que isso lhes acarretaria. Esta é a realidade que o medo abafa, mas é igualmente este o risco que correrá quem o pretenda ignorar.

Não espero sensatez por parte de quem já demonstrou não a ter, pelo contrário esperava que alguns comentadores tivessem a coragem de admitir, que não estamos perante um protesto meramente político mas sim diante de uma crise social.


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