Em Portugal estamos habituados há
hipocrisia na política e não só, mas por vezes sentimo-nos ofendidos por que
vemos que há quem nos julgue a todos, uns grandes tolos.
O anúncio da possibilidade de
descida do IRS já no próximo ano, ou pelo menos a redução da sobretaxa do IRS
em 1%, andou nas páginas dos jornais e nas bocas de muita gente, sem nunca ser
desmentida, até que hoje veio a notícia de que poderá haver alguma descida mas
só em 2016, e se houver um aumento da eficácia na cobrança de impostos em 2015.
Houve muita hipocrisia em todo
este assunto, e o que vieram agora dizer os responsáveis governamentais nem
sequer foi claro, pois vai desde o aumento das receitas fiscais até à eficácia
da própria máquina fiscal, ficando o retorno do que se pagou para o próximo
executivo, que resultará das próximas eleições.
Descaramento é o que não falta ao
presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, que veio a público
dizer que a indexação da redução da sobretaxa de IRS ao aumento da receita
fiscal é “uma medida responsável, porque todos chegaram a recear medidas
eleitoralistas”.
A “sensatez” aduzida por António
Saraiva quanto à descida do IRS, contrasta com a falta dela na descida do IRC
que agradou muito a este dirigente patronal, mas que não ficou indexada a
absolutamente nada…
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