A crise económica que tem atravessado todo o mundo ocidental tem causado diversas mossas em diferentes países, sendo que há uma que é ainda mais preocupante do que a própria crise, que é a suspensão da própria Democracia.
Ninguém chora a queda de Papandreou ou de Berlusconi nos seus países, mas na realidade eles não foram “corridos” pelos eleitores mas sim pelos mercados. A sua substituição por tecnocratas não eleitos é preocupante, porque não resulta de nenhum processo democrático.
Mesmo em Portugal estamos a assistir a uma “suspensão” da Democracia com o caso dos cortes dos subsídios de férias e Natal dos funcionários públicos e dos pensionistas, ao arrepio da Constituição, alegando-se um estado de emergência nacional, para “driblar” os preceitos constitucionais.
