Li com atenção a entrevista de
Graça Fonseca ao Público, e mais uma vez pude constatar que não foi questionada
sobre a política patrimonial, nem ela se mostrou minimamente interessada em
fazê-lo.
Foi curioso ler que a ministra
não quer discutir apenas a meta dos 1% para a Cultura, chegando mesmo a dizer
que é preciso discutir política (cultural creio), porque para lá chegar
(objectivos) precisamos se calhar de mais do que 1%, mas há que identificar
para quê.
Senhora ministra da Cultura,
creio que já está identificado o problema de falta de meios humanos nos museus,
palácios e monumentos, e não me consta que esteja a ser feita alguma coisa no
sentido de colmatar essa lacuna. Podia falar de sinalética, de uma nova política
expositiva mais actual, de políticas de divulgação, de melhorar as condições
físicas dos serviços, da política de manutenção, das obras de
reabilitação/adequação das instalações, da formação profissional, das oficinas
de restauro, para citar apenas alguns itens onde é necessária muita acção.
Para quem julga que estamos a falar
de coisas menores, talvez seja oportuno dizer que o Património (museus,
palácios e monumentos) é o maior contribuinte para o funcionamento deste
ministério. Coisa pouca, pelos vistos.
1 comentário:
neste país a cultura sempre foi um parente pobre... e, no entanto, os valores existem.
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