terça-feira, março 26, 2019

O MÉRITO E A COMPETÊNCIA FAMILIAR


É comum ouvir-se por aí que se deve recompensar o mérito e a competência, existindo mesmo quem ache que as classificações do desempenho, na função pública, são o melhor método para aquilatar da qualidade e empenhamento dos trabalhadores.

Do discurso à realidade vai um caminho imenso, e entre o que se diz e o que se pratica vai uma distância tão grande que qualquer semelhança é meramente fortuita.

Nas empresas a sucessão dos lugares de poder é invariavelmente ocupada por alguém com um grau de parentesco próximo, como acontece também no ensino superior, nos escritórios de advocacia, e noutros sectores da nossa economia.

Como julgamos viver numa Democracia, era de esperar que os nossos políticos fossem aqueles que nós escolhemos directamente pelo voto, mas não é assim, pois os partidos é que escolhem quem vai para o Parlamento e até para o Governo. Assim sendo nem os políticos respondem directamente a quem os elege, o que distorce o conceito de lealdade que deveria existir entre eleitos e eleitores.

As coisas podem ainda ser piores, como se está a perceber, pois todos os órgãos de poder e da Administração Pública podem ser invadidos por familiares e amigos dos governantes, que naturalmente alegam que as nomeações são feitas pela competência dos escolhidos, mas convenhamos que ninguém acredita nessa explicação, como é cada vez mais evidente.

Leituras AQUI , AQUI e AQUI


1 comentário:

Elvira Carvalho disse...

Boa malha!
Abraço