A conversa, no café do bairro,
decorria o seu curso sob a História do Egipto, e estava bem acalorada quando um
amigo se aproximou, e do nada, nos diz que nós devíamos estar confusos, pois o MAAT
nada tinha que ver com a harmonia e ordem, mas sim com arte e arquitectura.
Fez-se um silêncio profundo na
mesa, alguns de nós franziram a testa surpreendidos pela observação, e só
passados alguns segundos é que as gargalhadas ecoaram no café. O recém-chegado
fica com uma cara de tacho, surpreendido pelas gargalhadas e pergunta
incomodado: disse alguma asneira?
Foi relativamente fácil desfazer
o equívoco, e lá lhe explicámos que não nos estávamos a referir ao Museu de
Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT), mas sim a maat, que era o papel do
faraó no Egipto, que era suposto encarnar o equilíbrio e a ordem (tanto natural
como social), a harmonia, a moralidade, a verdade ou a justiça.
Este maat era a única alternativa
ao caos, e cabia ao soberano ser o seu garante. O faraó era um descendente dos
deuses. Maat era também uma deusa (mãe de Rá).
No final todos nos rimos com a
confusão que tinha resultado duma observação feita por quem que não tinha os
dados suficientes para emitir uma opinião com fundamento…
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