Não sei quem teve a ideia
peregrina de incluir no novo Plano Estratégico de Segurança Rodoviária (PENSE
2020) a medida de fazer com que a revalidação da carta dos condutores com 65
anos ou mais, esteja dependente de fazer uma formação obrigatória.
Por que carga de água é que estes
iluminados pensam que um individuo só porque atingiu os 65 anos deixou de estar
desactualizado no que respeita aos conhecimentos de condução, ou não reúne
condições mentais para a condução?
Este governo presta-se para
aumentar a idade de reforma, e esta já se situa acima dos 66 anos, e que me
conste não pensou em tornar obrigatória a formação dos funcionários com 65
anos, nem sequer pensou em aliviar a sua carga horária, o tipo de trabalho que
desenvolvem, e muito menos faz questão em fazer avaliações médicas (medicina no
trabalho), para saber as condições em que estão os seus próprios funcionários.
Será que a avaliação médica
obrigatória dos condutores com 50 e mais anos não é suficiente para determinar
as capacidades do condutor? Que tipo de formação será indispensável para que um
condutor de 65 anos fique mais capacitado para andar nas estradas? Por que é
que para conduzir uma viatura seja exigível mais do que para desempenhar um
qualquer ofício? Pessoas com mais de 65 anos podem e devem trabalhar, mas
talvez não estejam capazes para o acto de conduzir um veículo motorizado?
A pergunta mais interessante que
hoje ouvi, foi se Marcelo Rebelo de Sousa estará capaz para desempenhar o cargo
ou se necessitará de alguma formação obrigatória…
1 comentário:
Incongruências de quem toma decisões.
Um abraço e uma boa semana
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