Devo começar por reafirmar a
minha opinião de que a gestão pública não tem que ser pior do que a privada,
seja na Cultura, seja em qualquer outro campo.
A minha convicção esbarra quase
sempre na realidade, mas as explicações para a má gestão pública dos museus
podem ser diversas, e sobre elas convém reflectir.
Os orçamentos da Cultura são
sempre muito inferiores às necessidades básicas de funcionamento, de manutenção
e de programação, e não se fazem omeletes sem ovos.
A rigidez das regras de despesa
são demasiado rígidas e morosas, e são muitos os dirigentes que nem sequer se
atrevem a solicitar verbas, sabendo que não o fazendo ficam mais bem vistos
pela tutela.
Tendo em conta os dois anteriores
considerandos, e sendo um facto que os gestores não existem nos museus
públicos, ou em conjuntos de equipamentos desta natureza, o resultado só pode
mesmo ser desastroso.
Porque será então que com tão
maus resultados não são demitidos os responsáveis dos museus e monumentos de
gestão pública? A resposta divide-se em diversas partes, começando pela falta
de verbas (as Finanças também merecem), os recursos humanos são escassos e com
baixas qualificações (aqui fala-se só dos que dão a cara todos os dias), e
nunca se ouve falar da incompetência, do imobilismo e da passividade dos
responsáveis dos serviços, porque é feio.
Existem outros modelos que já foram experimentados, cá dentro e lá fora, e que tiveram bons resultados. Porque é que se não replicam?
2 comentários:
Pois não sei.
Amigo, dá para passar pelo Sexta hoje?
Abraço
entretanto... estão sempre a florir cravos no chão que pisamos
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