Testemunhei há poucos dias uma
polémica em torno do abate duma árvore centenária situada à frente dum palácio,
em que uns atacavam pura e simplesmente o abate, e outros tentavam explicar que
o seu estado já era uma ameaça à segurança de quem passava por perto da mesma.
Os portugueses podem ser
persistentes na defesa do que julgam ser parte do seu património e da sua
identidade, mas poucas vezes são chamados a colaborar, ou se voluntariam para
ajudar a preservar o que temos.
É de louvar a iniciativa de que
levou a que todos pudessem ver 22 propostas de alunos de arquitectura do Instituto Superior Técnico para a ampliação do Museu Nacional de Arte Antiga,
situado nas Janelas Verdes, em Lisboa.
Todas as instituições onde se
guarda e preserva parte do nosso património têm que ultrapassar inúmeros
problemas, que passam pelas dificuldades no investimento, problemas de
optimização de espaços expositivos, acessibilidades, circulação de visitantes,
conservação de estruturas, e muitos outros de natureza técnica. Os meios nem sempre acompanham as necessidades e há que ter prioridades, o que é sempre controverso.
O envolvimento da sociedade civil
na salvaguarda do património é necessária e até indispensável, o que se deseja
é que seja construtiva, porque é muito fácil criticar, o que é difícil é fazer
algo ou arregaçar as mangas e colaborar ajudando a melhorar o que achamos que é
de todos nós.
1 comentário:
Falar mal é um desporto nacional, já pôr a mão na massa, e intervir enquanto cidadãos, cooperando, é que não nos está na massa do sangue. O mecenato cultural e o voluntariado é muito escasso.
Bjos da Sílvia
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