sábado, junho 28, 2014

OS NOSSOS MUSEUS E A SOCIEDADE CIVIL

Testemunhei há poucos dias uma polémica em torno do abate duma árvore centenária situada à frente dum palácio, em que uns atacavam pura e simplesmente o abate, e outros tentavam explicar que o seu estado já era uma ameaça à segurança de quem passava por perto da mesma.

Os portugueses podem ser persistentes na defesa do que julgam ser parte do seu património e da sua identidade, mas poucas vezes são chamados a colaborar, ou se voluntariam para ajudar a preservar o que temos.

É de louvar a iniciativa de que levou a que todos pudessem ver 22 propostas de alunos de arquitectura do Instituto Superior Técnico para a ampliação do Museu Nacional de Arte Antiga, situado nas Janelas Verdes, em Lisboa.

Todas as instituições onde se guarda e preserva parte do nosso património têm que ultrapassar inúmeros problemas, que passam pelas dificuldades no investimento, problemas de optimização de espaços expositivos, acessibilidades, circulação de visitantes, conservação de estruturas, e muitos outros de natureza técnica. Os meios nem sempre acompanham as necessidades e há que ter prioridades, o que é sempre controverso.


O envolvimento da sociedade civil na salvaguarda do património é necessária e até indispensável, o que se deseja é que seja construtiva, porque é muito fácil criticar, o que é difícil é fazer algo ou arregaçar as mangas e colaborar ajudando a melhorar o que achamos que é de todos nós.  


1 comentário:

Anónimo disse...

Falar mal é um desporto nacional, já pôr a mão na massa, e intervir enquanto cidadãos, cooperando, é que não nos está na massa do sangue. O mecenato cultural e o voluntariado é muito escasso.
Bjos da Sílvia