Depois de ouvir as declarações de
Passos Coelho, tentando explicar o inexplicável, fiquei a saber que afinal
foram as autoridades que trataram com a leiloeira Christie’s a venda dos
quadros de Miró, chamando-lhe o primeiro-ministro um projecto chave na mão.
Pretende Passos Coelho transferir
a responsabilidade das ilegalidades praticadas para a leiloeira, quando está
mais do que evidente para toda a gente que as responsabilidades das autoridades
nacionais, que conheciam as obrigações legais para o processo se realizar,
simplesmente assistiram sentados nas poltronas, esperando passar entre os
pingos da chuva.
Não sei o que significa “projecto
chave na mão” para o primeiro-ministro, mas todas as explicações dadas até ao
momento são no mínimo patéticas.
Quanto à angariação de verbas
para “enterrar” no buraco que é o BPN, Passos Coelho e a equipa das Finanças,
que tutela as tais empresas que detêm os activos do BPN, preparavam-se para
fazer mais um mau negócio, vendendo os quadros por atacado, o que desvaloriza o
conjunto devido ao excesso de oferta, e sobretudo era um tremendo erro não os
ter exibido anteriormente, o que os valorizava bastante, como sabe quem percebe
o negócio de obras de arte.
A Cultura na mão de Passos Coelho sempre foi uma ideia infeliz, e o tempo tem vindo a encarregar-se de o demonstrar...
3 comentários:
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O Miró
nunca me enganou
só os seus vendedores
ao desbarato
O Miró
nunca me enganou
só os seus vendedores
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