quarta-feira, abril 18, 2012

ANTERO

Justitia Mater

Nas florestas solenes há o culto
Da eterna, íntima força primitiva:
Na serra, o grito audaz da alma cativa,
Do coração, em seu combate inulto:

No espaço constelado passa o vulto
Do inominado Alguém, que os sóis aviva:
No mar ouve-se a voz grave e aflitiva
D'um deus que luta, poderoso e inculto.

Mas nas negras cidades, onde solta
Se ergue, de sangue medida, a revolta,
Como incêndio que um vento bravo atiça,

Há mais alta missão, mais alta glória:
O combater, à grande luz da história,
Os combates eternos da Justiça!


3 comentários:

Anónimo disse...

Uma efeméride de que tomei conhecimento pelo google, os 170 anos do Antero.
Bjos da Sílvia

Elvira Carvalho disse...

E aproveitou para nos brindar com um poema do autor. Gostei.
Um abraço

Daniel Santos disse...

muito bem.