quinta-feira, junho 02, 2005

A PENÚRIA DA CULTURA

O défice de 2,1 milhões de euros na área dos museus não surpreendeu ninguém e a única dúvida que existe é sobre o montante do défice na área dos palácios e monumentos que também deve existir. A situação é grave do ponto de vista financeiro e também o é no campo dos recursos humanos.
É interessante saber-se se é verdadeiro que o IPPAR tenha chegado ao final de 2004 credor de aproximadamente 1 milhão de euros relativamente à empresa Monte da Lua referente às receitas das entradas no Palácio Nacional da Pena. O rumor corre sendo público que anda à deriva e está tecnicamente falida. A ser verdade o rumor devería o Ministério da Cultura assumir a cobrança directa das entradas no monumento para minimizar o risco de não vir o IPPAR a receber o que lhe é devido. O alerta das parcerias, ou partilhas, na gestão de monumentos fica dado no momento que algo do género se prepara para o Mosteiro de Alcobaça.
Também algo deverá ser esclarecido no tocante a recursos humanos, que sendo mais do que escassos, por exemplo na vigilância, também têm atrasos nos pagamentos e estão impedidos de progredir nas carreiras ( por mérito e por concurso ) por falta de verbas nos orçamentos dos institutos. A crise orçamental não é desculpa para o estado actual das coisas, esse discurso já foi feito nestes últimos anos, e só o profissionalismo dos trabalhadores é que ainda vai assegurando as necessidades mínimas dos museus, palácios e monumentos.

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