quinta-feira, junho 16, 2005

O QUE ELES NÃO DIZEM

Num serviço dependente do IPPAR um funcionário “atreveu-se” a dizer a uma “chefia intermédia” que, como não recebia há mais de cinco meses nada pelo trabalho extraordinário efectuado, estava a ponderar recusar-se a fazer horas extraordinárias. A dita chefia com um ar carregado atira para a frente a lei e, cortante, invoca a obrigatoriedade de não recusa de duas horas “extras” diárias pelo infeliz atrevido, deixando-o de boca aberta.
Há diversos tipos de chefias, è evidente, mas este prolifera por aí. Foi nomeado há alguns anos, entretanto foram mudando os governos e com uns golpes de rins e alguma habilidade, lá se vai mantendo procurando não levantar ondas. Está empenhado em manter um bom relacionamento com quem interessa, mas não mexe uma palha na defesa dos funcionários que chefia.Devo lembrar que é dever do chefe defender os seus subordinados atendendo aos seus direitos e dignidade. A lei é para se cumprir, mas o direito ao pagamento dos serviços prestados nos prazos estipulados também está consignado na lei e isso “ficou na gaveta”. Ser chefe não é só auferir um salário maior, acarreta também uma responsabilidade acrescida, convém relembrar alguns “ chefes intermédios”.

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