Como se sabe a ANA foi
privatizada há algum tempo, e uma das críticas mais ouvidas nessa altura era a
possibilidade de com um investidor, privado e estrangeiro, os preços poderem
vir a subir sem controlo, podendo vir a prejudicar a médio prazo o turismo, que
é a galinha dos ovos de ouro do país, especialmente numa altura de crise como a
actual.
A privatização aconteceu, o novo
dono não é nacional, e as taxas aeroportuárias não têm parado de subir, como se
temia. As explicações são formidáveis pois refere que com o aumento do tráfego
e dos passageiros houve uma descida do “contributo do retalho do lado ar”, que
é necessário compensar, e que o aumento previsto para os próximos tempos
implica um maior investimento.
O interesse nacional pouco
interessa ao investidor estrangeiro, que por sinal até está sediado noutras
paragens, que beneficiam ainda mais com uma das nossas maiores indústrias, que
convenhamos é o turismo.
Os nossos “sábios governantes”
alienaram uma empresa que prestava um serviço público essencial, que dava
“gordos proventos” à tesouraria pública a troco de uma soma que já foi gasta
sabe-se lá em quê, e agora temos o tráfego aéreo nas mãos de interesses
estrangeiros, e alegremente ainda fazem a apologia do benefício das
privatizações...