segunda-feira, janeiro 20, 2014
sexta-feira, dezembro 10, 2010
UMA QUESTÃO DE VALORES
Quando lemos que a economia paralela em Portugal vale €40 mil milhões, ficamos com a sensação que este é o país dos espertos. Um valor desta grandeza a contornar a contabilidade fiscal corresponde a um roubo ao Estado (que somos todos nós) de perto de €12 mil milhões, que é muitíssimo mais do que o que se vai conseguir com os PECs I, II e III.
Custa-me a creditar que seja a subida dos impostos ou a subida dos impostos que tenham sido a justificação para esta monumental fuga aos impostos. O economista João Duque pode ter esta teoria, mas existem outras tão válidas, ou mais do que essa.
Os dados sobre a corrupção mostram que os portugueses não confiam nos políticos e que acham que eles são os mais corruptos. Portanto, quando eu oiço dizer a alguém que foge aos impostos que é por causa do desperdício que o Governo faz dos dinheiros de todos nós, ligo as duas coisas e penso que se a política deixasse de ser um amontoado de mentiras, e se conseguissem convencer o país que os seus impostos iam ser utilizados para o bem comum, talvez mudasse alguma coisa.
Entre os espertos que fogem aos impostos e aqueles que gastam mal os dinheiros públicos, estão os cidadãos honestos que pagam o que lhes compete, que não deviam passar por parvos, meus senhores.

