Não sou um grande adepto de futebol, pelo menos no que respeita a afectos clubistas, mas sempre torci e continuo a torcer pelas formações nacionais que representam o nosso país. Talvez por não ser um adepto fervoroso, vou mantendo um certo distanciamento no que diz respeito às escolhas e às tácticas empregues pelo seleccionador nacional.
Ontem fui surpreendido pelos acontecimentos e pelas notícias, que ocorreram no final do encontro da nossa selecção. Já hoje (estou a escrever ainda a 13/9), não se falava de outra coisa onde quer que estivesse.
À noite vi o telejornal da SIC, e apanhei com a notícia e com os comentadores durante mais de meia hora, a dissertar sobre a atitude de Filipe Scolari. Atendendo ao tipo de coberturas a que as televisões portuguesas nos habituaram, não foi isto que me admirou, mas sim “o sermão” dum comentador desportivo deste canal.
Fui praticante de desporto, de basquete semi-profissional mais exactamente, e sei perfeitamente o que se sente dentro do campo, e como se reage por vezes no calor da disputa desportiva. Desconheço se o comentador da SIC já esteve nessa situação, o que também pouco importa, mas os seus comentários “absolutamente racionais” não se enquadram minimamente com o que realmente se passa dentro de campo durante um desafio.
Na competição desportiva, como aliás na actividade militar ou policial, é praticado um determinado tipo de treinamento psicológico visando manter os sentidos focados nos objectivos que são determinados, de modo a obter-se o melhor e mais rápido desempenho dos indivíduos e consequentemente do grupo. Qualquer psicólogo sabe explicar isto com bastante detalhe, o que não vem agora ao caso. O que importa agora é perceber como se enquadra a reacção de Scolari.
Scolari agiu impulsiva e impensadamente a um conjunto de estímulos. O acto irreflectido é condenável desportiva e socialmente. Estamos de acordo. O que não posso concordar é que se crucifique, por este motivo, alguém que reagiu dum modo, que embora condenável, pode classificar-se como humano. Errar é humano. Por esse motivo pediu desculpas, talvez venha a ser punido disciplinarmente e até se punirá a ele próprio quando se confrontar com a necessidade de impor disciplina aos seus discípulos.
A apologia do sangue de barata, ou os sermões de absoluta passividade por parte de um treinador, perante o calor da disputa desportiva, só existe na cabeça de quem concebe o desporto sem paixão.
O Sargentão procedeu mal, desculpou-se e merece a minha compreensão. Se escolheu os melhores, se adoptou a melhor estratégia, ou se fez as melhores substituições, não sei, nem sou a pessoa mais indicada para avaliar, mas merece-me o maior respeito e admiração pelo que conseguiu até agora.
Ontem fui surpreendido pelos acontecimentos e pelas notícias, que ocorreram no final do encontro da nossa selecção. Já hoje (estou a escrever ainda a 13/9), não se falava de outra coisa onde quer que estivesse.
À noite vi o telejornal da SIC, e apanhei com a notícia e com os comentadores durante mais de meia hora, a dissertar sobre a atitude de Filipe Scolari. Atendendo ao tipo de coberturas a que as televisões portuguesas nos habituaram, não foi isto que me admirou, mas sim “o sermão” dum comentador desportivo deste canal.
Fui praticante de desporto, de basquete semi-profissional mais exactamente, e sei perfeitamente o que se sente dentro do campo, e como se reage por vezes no calor da disputa desportiva. Desconheço se o comentador da SIC já esteve nessa situação, o que também pouco importa, mas os seus comentários “absolutamente racionais” não se enquadram minimamente com o que realmente se passa dentro de campo durante um desafio.
Na competição desportiva, como aliás na actividade militar ou policial, é praticado um determinado tipo de treinamento psicológico visando manter os sentidos focados nos objectivos que são determinados, de modo a obter-se o melhor e mais rápido desempenho dos indivíduos e consequentemente do grupo. Qualquer psicólogo sabe explicar isto com bastante detalhe, o que não vem agora ao caso. O que importa agora é perceber como se enquadra a reacção de Scolari.
Scolari agiu impulsiva e impensadamente a um conjunto de estímulos. O acto irreflectido é condenável desportiva e socialmente. Estamos de acordo. O que não posso concordar é que se crucifique, por este motivo, alguém que reagiu dum modo, que embora condenável, pode classificar-se como humano. Errar é humano. Por esse motivo pediu desculpas, talvez venha a ser punido disciplinarmente e até se punirá a ele próprio quando se confrontar com a necessidade de impor disciplina aos seus discípulos.
A apologia do sangue de barata, ou os sermões de absoluta passividade por parte de um treinador, perante o calor da disputa desportiva, só existe na cabeça de quem concebe o desporto sem paixão.
O Sargentão procedeu mal, desculpou-se e merece a minha compreensão. Se escolheu os melhores, se adoptou a melhor estratégia, ou se fez as melhores substituições, não sei, nem sou a pessoa mais indicada para avaliar, mas merece-me o maior respeito e admiração pelo que conseguiu até agora.
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AS FOTOS DE HOJE