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quarta-feira, dezembro 21, 2011

FALTA DE LEGITIMIDADE

Não faz muito tempo, fui atacado via mail por umas quantas pessoas, por ter dito aqui que este governo tinha perdido a legitimidade por não estar a fazer o que Passos Coelho tinha dito antes de ser eleito, mas mantenho o que disse então.

Passos Coelho apresentou-se perante os portugueses com um discurso que não corresponde em nada com o que o seu governo está a fazer. Teriam os portugueses votado nele se tivesse dito que mal chegasse ao governo iria aumentar os impostos, ou que se apressaria a cortar subsídios de férias e de Natal?

O argumento mais recente para tentar encontrar justificações para todas as promessas por cumprir é o acordo com a troika. O maldito acordo começou por ter umas quantas exigências e já vai pelo menos na sua terceira versão, numa sucessão de transformações absolutamente disparatadas.

A teoria de que os credores é que ditam as leis, não resiste perante a lógica mais simples: será que um contrato de empréstimo é alterado unilateralmente a cada dois ou três meses? Terá um contrato com uma entidade emprestadora um valor superior à Constituição?

Ninguém consegue explicar-me como é que um governo que se diz eleito democraticamente, respeita mais as indicações de um conjunto de agiotas do que a vontade do povo que o elegeu. Os portugueses não podem continuar a ser governados por quem não cumpre as suas promessas.


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O Zé Natal