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segunda-feira, outubro 10, 2011

CULTURA - A ENTREVISTA

Fui um dos que aguentei firme os cinquenta e tal minutos que durou a entrevista do secretário de Estado da Cultura, dada à SIC, para ficar esclarecido sobre algumas frases que lhe eram atribuídas, e sobre a política para o Património.

Fiquei esclarecido sobre a polémica sobre a importância dada às bilheteiras, que apesar de Francisco José Viegas ter dito que não era o critério mais importante, nem sequer decisivo, pesam muito na sua estratégia para os museus, como se percebe pelas suas decisões.

Sinceramente achei muito pobre, o pouco que disse o entrevistado sobre a área do Património, que lhe tomou pouco mais do que 1 minuto, e onde apenas desvendou a intenção de acabar com as gratuitidades aos domingos, aventando a hipótese de ficar reduzida a apenas um dia por mês.

O argumento dos tais 36% de entradas pagas, que são manifestamente curtas para as necessidades de conservação e funcionamento dos serviços, é curto e não explica quase nada.

Vem a propósito a entrega da tutela de palácios a uma sociedade anónima de capitais públicos, que Francisco José Viegas nunca explicou em público, nem discutiu com os mais de sessenta funcionários desses serviços, apesar de gostar de debate e discussão das matérias.

O senhor secretário de Estado ainda não teve a “amabilidade” de esclarecer os funcionários, o que é estranho, nem veio publicamente esclarecer os contribuintes das vantagens desta “entrega de tutela”. Os cidadãos deviam poder conhecer a avaliação dos serviços em causa e da empresa a quem vão ser entregues.

Numa análise sobre os números que pudemos colher no sítio do IMC, ficámos a saber que o Palácio Nacional de Sintra foi nos primeiros 6 meses deste ano, o serviço que teve mais visitantes e que apresenta o rácio mais elevado de entradas pagas de todos os que constam das estatísticas do IMC. O de Queluz tem menos visitantes, talvez por ter um horário mais pequeno, e por não estar numa zona com tanta oferta como em Sintra, mas também tem um bom rácio de entradas pagas.

Quanto à empresa Parques de Sintra – Monte da Lua, apenas conseguimos saber qual a sua constituição accionista actual, que não tinha dívidas a 30 de Junho de 2011, e só. Digamos que é curto pois já existe há mais de cinco anos e julgamos que deve contribuir para os orçamentos dos organismos que fazem parte da estrutura accionista, e desconhece-se completamente qual tem sido o seu contributo.

Penso que a Secretaria de Estado da Cultura devia ter uma postura mais clara sobre o Património e devia deixar bem claras as suas opções, explicando-as e discutindo-as interna e publicamente. Os cidadãos têm direito a ser informados e estou certo que Francisco José Viegas deve ser o primeiro a estar interessado em deixar-nos esclarecidos.

Aquela alusão à falta de dinheiro e qual a parte que não tinha sido entendida, foi a parte mais infeliz da entrevista, e era absolutamente desnecessária, para quem o questiona com educação e respeito.





Se apenas quer ouvir o que Francisco José Viegas disse sobre a política para o Património, espere pelos últimos 5 minutos da peça, sensivelmente.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

RAPIDINHAS

Mobilidade na Cultura – Já referi por estas bandas que há falta de pessoal de certas categorias no Ministério da Cultura, e é uma verdade que os factos demonstram, com os encerramentos de serviços todos os anos. Agora os meus leitores ficaram a saber que há pessoal neste mesmo ministério que é considerado excedentário, e que vão ser “dispensados” 364 funcionários. Devo dizer que o procedimento de dispensa foi uma trapalhada, e que os critérios não são claros, nem foram divulgados, nem tão pouco se conhecem os novos quadros do pessoal, e a sua afectação pelos serviços deste ministério. Por motivos de clareza e de justiça, penso que seria elucidativo saber-se quais as tarefas e os serviços onde se encontravam estes trabalhadores, e quais os critérios que presidiram à sua indigitação para o quadro de mobilidade. É que assim, como se desenrolou o processo, parece que há gente a mais neste ministério, ou então que havia muita gente que não fazia nada, e todos ficaríamos mais elucidados.

Esclarecimento – Estive um pouco afastado dos meus habituais comentários, por motivos profissionais, mas há um comentário de um leitor que não conheço que não posso deixar passar em claro. Criticou-me o dito por ter na coluna do lado direito alguns prémios ou distinções atribuídas por alguns amigos que muito prezo, afirmando que era pura vaidade de quem vive para o elogio fácil. Devo esclarecer esse leitor que eu nunca me insinuei a ninguém, nesse sentido (dos prémios ou distinções), nem fiz publicidade do meu blog em lado nenhum. Escrevo sobre os assuntos de que gosto, critico aquilo de que não gosto, coloco imagens que me agradam, ou que me fazem sorrir, porque isso me dá prazer, mas não sou imune nem às críticas bem educadas nem aos elogios de quem conheço o trabalho, tantas vezes melhor do que o meu. Visito muitos blogues, em alguns comento às vezes, noutros quase não comento e outros passam à lista dos que nunca mais tenciono visitar porque não me interessam. Procuro sempre não ser desagradável, mesmo quando não concordo com algum texto, mas também só expresso a minha discordância onde sei que há pessoas que toleram a diversidade. Quanto à coluna do lado direito, essa continuará lá por respeito aos meus amigos, que aliás constam da lista também do mesmo lado, juntamente com outros blogues que acho interessantes mesmo não sendo os seus autores, leitores deste meu cantinho.

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FOTOGRAFIA
snowballs by sauco

Luiza Gelts

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CARTOON

Daryl Cagle

Pat Bagley