Os sistemas de Segurança Social e
as políticas fiscais e de Justiça do mundo ocidental têm sido postas em causa,
não só porque falharam em muitos casos, estão em colapso noutros e não
resolveram as desigualdades, que até aumentaram, e muito.
O Rendimento Básico Incondicional
é apenas mais uma ideia que está a ser testada em países nórdicos, e que até
tem recolhido opiniões positivas de bastantes sectores, mas pelos vistos o
ministro Augusto Santos Silva acha que é um modelo “contra-intuitivo”.
Quando os defensores deste modelo
afirmam que traria justiça social e um mínimo de segurança, bem como a
emancipação e a liberdade de fazer escolhas (de empregos, por exemplo), Santos
Silva acena com a intuição de que o modelo actual é mais aceite (?) e mais
justo. Terá acrescentado ainda que defendia também o microcrédito, recordando
Muhammad Yunus.
O senhor ministro não conseguiu
fazer esquecer que as desigualdades aumentaram, que não existe justiça fiscal,
que muita gente fica desprotegida em situações de desemprego e velhice, e que
os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
Discutir o assunto é urgente
porque daqui a 15 ou 20 anos a Segurança Social que conhecemos hoje não passará
de uma esmola que não dará sequer para a subsistência dos beneficiários.
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