O anúncio de entradas gratuitas
nos museus, palácios e monumentos sob a alçada do Ministério da Cultura, nas
manhãs dos domingos e feriados, feito numa altura em que o ministro está sob
fogo cerrado devido aos acontecimentos no Convento de Cristo e no Mosteiro dos
Jerónimos, despoletados por notícias da comunicação social, soou a manobra de
diversão muito conveniente nesta situação embaraçosa.
Esta medida que até já estava
prevista e aguardava regulamentação, é encarada por muitos agentes culturais
com alguma cautela e preocupação, porque existem equipamentos que já atingiram
os seus limites de capacidade de acolhimento de visitantes, ou estão à beira
disso.
O Ministério da Cultura deverá,
na regulamentação das gratuitidades, acautelar a segurança dos visitantes e dos
funcionários, prevendo situações de emergência, tendo por isso que dotar os
serviços com pessoal suficiente e com planos de emergência bem elaborados e
testados, para que tudo possa correr com tranquilidade em todos os serviços.
Outra coisa a acautelar será o
problema das agências de viagens, que naturalmente saberão aproveitar estas
gratuitidades em seu proveito, e agendarão as visitas para o período da manhã
dos domingos e feriados, mesmo que tenham recebido o valor das entradas por
parte dos clientes. Esta situação tem sido recorrente, com os turistas a tirar
os seus bilhetes grátis, aumentando as filas de alguns monumentos, depois de
terem sido informados sobre o que iam ver, pelo guia que os acompanha no
autocarro até ao local.
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2 comentários:
Um caso com alguns prós e muitos contras.
Um abraço
Sempre bem observado
Abraço
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