Em Portugal nunca se praticou a
cultura do mérito, e tudo indica que ela nunca foi desejada nem pelo patronato
nem pelas classes dirigentes, quer da política quer da parte económica.
De vez em quando fala-se da
cultura do mérito quando se fala de salários, e a razão é evidente, tudo não
passa de um estratagema para evitar aumentos salariais, nada mais.
Para quem ainda tem dúvidas sobre
o que afirmo, basta explicar que sempre existiram prémios para os grandes
gestores e altos dirigentes, quer do sector público quer do privado. É também
público que esses mesmos prémios não são extensíveis aos restantes funcionários
das empresas em questão, sendo que as poucas e honrosas excepções são quase
todas em multinacionais.
Para que se perceba melhor o que
é a cultura de mérito em Portugal, basta dizer que na PT, por exemplo, e apesar
da desvalorização da empresa em 80%, foram atribuídos prémios de 112 milhões aos
seus gestores nos últimos 10 anos. Podia falar-se também do que se passou no
BPN, no BPP ou no BES, e as coisas não diferiam muito…
CARTOON
1 comentário:
De Atalaia
em festa
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