Em Democracia o poder devia
emanar do povo, dos eleitores em particular, mas na realidade as coisas não são
bem assim, para mal dos nossos pecados.
Os partidos, que são considerados
essenciais para a Democracia, são bastas vezes capturados por interesses e
minados por gente a soldo de interesses económicos, que acabam por influenciar
a acção política dos governos, mesmo dos democraticamente eleitos.
Os grandes interesses não são as
corporações profissionais, os sindicatos ou as organizações de cidadãos com
preocupações cívicas, mas sim os grandes grupos económicos, nacionais ou
estrangeiros.
A resolução da actual crise
resultante dos desentendimentos entre os parceiros da coligação no poder em
Portugal, é um exemplo perfeito do verdadeiro poder das pressões económicas
sobre os decisores nacionais, quando o aconselhável era o recurso a eleições,
que não vai acontecer. Se dúvidas houvesse, bastava apenas constatar que a
Alemanha já deu o seu aval à solução apresentada por Passos Coelho, antes mesmo
de Cavaco Silva ter decidido se aceita ou não a proposta.
Isto não é Democracia mas sim a
imposição da vontade do poder económico de uma maneira mais do que ostensiva.
CARTOON
2 comentários:
Ós banqueiros falam, o governo obedece, a troika fala o governo baixa a cueca e se a Merkel fala, lá vão eles rastejando para o beija-mão. O governo não é detodos os portugueses há muito tempo, apesar de haver muito quem esteja iludido...
Lol
AnarKa
"O poder e a corrupção fedem."
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