É ridículo ouvir-se da boca de um
dos responsáveis pelo estado da nação, Eduardo Catroga, que o “país não pode
suportar estas pensões”, logo ele que tem uma pensão altíssima.
Os portugueses deviam começar a
questionar-se sobre a bondade das privatizações das empresas que estavam na
esfera do Estado, e que davam grandes lucros, como a Galp, a EDP, a REN, a ANA,
entre outras, que injectavam os seus lucros nos cofres do Estado e garantiam
preços controlados aos consumidores.
Depois das privatizações, e sem
as receitas que provinham dos lucros dessas empresas, o Estado teve que
recorrer ao aumento dos impostos para resolver os problemas de tesouraria, o
que a juntar às más políticas seguidas, especialmente a austeridade extrema que
nos vão impondo, e o desemprego daí resultante, afectaram o equilíbrio não só
das finanças públicas mas também a sustentabilidade da Segurança Social.
O que é insustentável é o modo
irresponsável como os políticos que tiveram responsabilidades governativas têm
actuado, que nos conduziram e conduzem ao buraco que em que nos encontramos,
que até pode agravar-se com a persistência das más opções.
Estamos no bom caminho...