Ao ler que Paulo Portas disse que o anunciado referendo grego criava uma situação de “insegurança e imprevisibilidade”, achei que o senhor ministro dos Negócios Estrangeiros até é coerente consigo mesmo.
Vejamos por exemplo a votação portuguesa para a entrada da Palestina na Unesco, que para muitos era um voto positivo de Portugal, mas que afinal não aconteceu, deixando muito boa gente espantada com a abstenção. Tendo em linha de conta que Paulo Portas é o titular da pasta do MNE, era mais do que previsível que o sim estaria fora de questão.
Também se recordarão que Paulo Portas nunca foi favorável a um referendo do Tratado de Lisboa, por exemplo, e isso sim, é mais do que previsível.
Perante o argumento da inevitabilidade em que o líder do CDS alinha com o do PSD, em absoluto, quando se fala do plano de resgate da troika, e das medidas que o governo vai tomando e que são excessivas e injustas, é previsível que nem Paulo Portas nem Passos Coelho admitam sequer um referendo sobre o plano de austeridade negociado.
Afinal o que é que pode importar a uma Democracia o dar-se a palavra aos cidadãos? Eles só têm que saber que têm de fazer mais sacrifícios, durante vários anos, porque … é inevitável.
3 comentários:
A Democracia é sempre temida por quem dela não gosta.
Bjos da Sílvia
Os gregos estão a ver-se gregos e estão a fazer todos gregos :s
Sim isso do voto também achei estranho :s
O sr. Veio explicar que não votou sim porque não havia paz, o que quer dizer que se arrisca a nunca votar sim, já que a guerra advém do actual estado de coisas.
Um abraço
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