É uma inadmissível ingerência por parte da troika, vir afirmar que “não tem um plano B” caso o Tribunal Constitucional chumbe o corte nos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e pensionistas, e que acrescente que “consideramos que os cortes de salários estão de acordo com a Constituição”.
É certo que esta ideia é passada pelo executivo português que também quer empurrar o Tribunal Constitucional contra a parede, confrontando-o com a hipótese de chumbo ser a causa do fim do resgate da nossa dívida pública.
Estamos perante uma monumental chantagem, pois perante as dúvidas sobre a constitucionalidade desta medida, já levantadas por diversas entidades e até pela Presidência da República, o governo não teve o cuidado de prevenir um chumbo, consultando preventivamente o TC.
A política do facto consumado e o argumento da inevitabilidade, são atitudes de prepotência e de desprezo pelas instituições e pela Democracia. A situação é grave mas isso não legitima estratégias deste calibre.
Será que o governo comportando-se desta maneira, está à espera que os cidadãos aceitem tudo pacificamente e sem mostrarem a sua indignação de forma bem clara?
ARTE AFRICANA
1 comentário:
As duas troikas sugam-nos tudo o que podem, sendo que a de cá se verga à de fora, e esta se verga aos interesses dos donos da massa.
Bjos da Sílvia
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