Ide ver as crianças, como nós as temos visto, aos domingos de tarde no passeio da Estrela ou em S. Pedro de Alcântara. Lá encontrareis os meninos vestidos de colegiais franceses, de guardas-marinhas ou de empregados do caminho de ferro, de postilhões, de huguenotes, de puritanos, e, sobre isto, as compósitas das toilettes de capricho, em que o hediondo toma profundidades de expressão prodigiosamente alucinantes: as botas cor de pulga com atacadores encarnados e biqueiras de verniz, chapéu de palha atado por baixo da barba com um laço de fita, vestido verde e paletó encarnado, coisas medonhamente semelhantes ao trajo de um macaco que dança ao som de um realejo…
In “As Farpas” – Os nossos filhos, em casa, na rua, no passeio, no liceu, no colégio, Outubro de 1871
3 comentários:
Não fui bafejado pela riqueza nem pela facilidade, mas fui lutando para ser feliz, mesmo que com pouco. Aprendi que o dinheiro ajuda um pouco e aumenta o conforto, mas não é tudo.
Devo ter amolecido.
Lol
AnarKa
"As fartas" Deveria ser leitura obrigatória nas nossa escolas, para esta juventude tambem abrir os olhos
Saudações amigas e bom fim de semana
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