domingo, junho 26, 2011

PARTIDARIZAÇÃO E CORRUPÇÃO POLÍTICA

Depois de umas quantas declarações infelizes e incursões em temas sensíveis em ocasiões menos próprias, eis que António Barreto se debruçou agora sobre um tema interessante que é o da “queda” dos directores-gerais logo que um novo governo toma posse.

O fim dos mandatos dos directores-gerais sempre que os governos são substituídos é uma singularidade do nosso sistema, que demonstra à saciedade a partidarização da Administração Pública, pois mostra bem que esses cargos são entregues a pessoas, não pelas suas competências na área mas por outros requisitos menos objectivos para não dizer suspeitos.

Quem conheça bem a Administração Pública sabe que as mudanças de chefias são muito prejudiciais para a produtividade, chegando mesmo a paralisar os serviços durante meses, já para não referir que os novos chefes são quase sempre tentados a mudar tudo mesmo sem saberem muito bem o que estão a fazer.

Os males da partidarização da Administração Pública podiam ficar por aqui, mas há também casos mais graves que podem ser verdadeiros actos de corrupção, pois é sempre possível existirem nomeações que sejam tidas como retribuição de favores, o que com a lei actual pode perfeitamente acontecer.


FOTOGRAFIA


CARICATURA
Rita Lee

Alice Cooper

3 comentários:

Anónimo disse...

O que fazer das clientelas políticas que enxameiam os lugares de topo da administração?
Bjos da Sílvia

C Valente disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
C Valente disse...

Não podemos sonhar com o quase impossível, podem mudar as moscas, mas o ataque ao poder é o mesmo e quem se trama é o povo pagante
Saudações amigas