O país está à deriva e o patronato aproveita a inépcia e a ambição dos políticos. Vale tudo para realizarem os seus projectos pessoais sem qualquer preocupação ética ou moral.
A crise que eles invocam para justificar os seus desmandos é da responsabilidade de quem dominava e domina os mercados de capital, para os quais já todos contribuímos com o dinheiro dos nossos impostos, mas o buraco é tão grande que arrastou o país para a falta de liquidez.
As soluções são sempre as mesmas, pelo que estão destinadas a falhar e a deixar um rasto de miséria e desemprego, cada vez maior. Os cortes atingem agora com mais força ainda, os mais pobres, no apoio à saúde, ao ensino e aos desempregados.
A Constituição da República é desvirtuada escandalosamente, exigindo-se aos mais pobres que abdiquem do sigilo bancário para acederem a ajudas, quando o mesmo não é exigido a quem recorre a ajudas escandalosamente substanciais do Estado, e a isenções fiscais. Também não se exige que abdiquem do sigilo bancário, os suspeitos de falências fraudulentas, os que apresentam visíveis sinais exteriores de riqueza sem correspondência com os rendimentos declarados, ou os suspeitos de enriquecimento ilícito.
Temos um governo que tem dois pesos e duas medidas na interpretação da Constituição, consoante se trate de ricos ou pobres. É simplesmente imoral e indecente.
5 comentários:
Temos um governo?! Vai chegar a altura em que até a Sopa dos Pobres acabará!
Saudações do Marreta.
Esta terra virou uma lixeira, onde os mais javardos é que mandam.
Lol
AnarKa
Da pobreza à escravatura é um passo...
Bjos da Sílvia
Caro Zé
A inversão do ónus da prova, que é o que está em causa é inconstitucional, mas é-o para todos. A exigência de se abdicar de um direito de confidêncialidade é absolutamente ilegal, atendendo à interpretação legal e à jurisprudência existente. Esta medida é um injustificado abuso do poder do Estado, que tem duas atitudes diferentes para dois estratos sociais diferentes - ricos e pobres.
Mais, para o subsídio de desemprego só pode contar a carreira contributivabe a situação comprovada de desemprego efectivo, e nunca o património do requerente, porque se trata de um direito adquirido pela contribuição requerida legalmente.
Grato pela atenção
Palaciano
Ainda não há muito que a pergunta era "onde é que isto vai parar?". Agora já parámos de vez e na borda do abismo...
Um abraço
Esperança
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