Portugal empatou com a Costa do Marfim, num jogo que decorreu durante a tarde de ontem, o que não permitiu que a grande maioria dos trabalhadores portugueses pudessem assistir à partida pela televisão.
Nos dias que antecederam o desafio foram publicados estudos que pretendiam contabilizar os milhões que se perdiam por causa deste mundial de futebol. Por coincidência também se discute a redução dos feriados e as maneiras de evitar as pontes, tudo em prol da produtividade.
Deputados, gestores e patrões diziam-se preocupados com o que se perdia em produtividade por causa do mundial. Pois é, os mesmos que se preocupavam com a produtividade enfiaram-se nos gabinetes a ver o futebol, ou simplesmente ficaram em casa assistindo refastelados ao encontro enquanto o Povinho trabalhava para eles.
A produtividade onde trabalho não foi beliscada, ainda que os maiorais tenham ficado quase todos em casa e os dois que deram as caras tenham ido assistir ao desafio na televisão do refeitório, onde nenhum outro funcionário podia aceder durante a tarde, conforme aviso superior afixado junto ao relógio de ponto.
4 comentários:
Portugal tem comportamentos assombrosos, de facto!
E quanto à selecção me parece cada vez mais que ficaremos na fase de grupos.
Um abraço.
Se eles fossem realmente produtivos não tinham tempo para estar a dar palpites sobre produtividade sem contarem com o factor satisfação, para o qual não têm termo de comparação e que ignoram porpura estupidez. Menos feriados para melhorar o turismo? As deputadas estão a delirar. Os turistas aproveitam cada vez mais os feriados e as pontes, e se eles adoptarem as mesmas ideias que as duas iluminadas, o Algarve fica às moscas e é a falência e mais desemprego. Andam com as antenas na LUa ou quê?
Bjos da Sílvia
Nem mais! A hipocrisia é tanta, que "arremessam" com tudo em prol da produtividade. Quanto mais os outros produzirem, mais essa seita enche o bandulho.
Saudações do Marreta.
É um fenómeno típico português : "uns trabalham , outros vão ver a bola" ....
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