domingo, abril 24, 2005

A SAGA CONTINUA

Depois de ser conhecida a intenção de não ser feita greve na Páscoa, por parte dos trabalhadores dos palácios, museus e monumentos, tudo voltou ao ponto de partida. O tudo a que nos referimos, resumidamente, são os atrasos nos pagamentos do trabalho extraordinário, o congelamento dos concursos, a impossibilidade de subida nos escalões, etc... .
Chegou ao nosso conhecimento que elementos afectos ao sindicato foram recebidos pelo gabinete da sra. Ministra mas parece que não terá havido ainda nenhuma marcação de reuniões para o reatamento do processo negocial. Já transmitimos a um dos elementos da delegação sindical o nosso desagrado pela situação, visto que se há coisas que dependem de um trabalho complexo que envolve outros ministérios, também temos pendentes assuntos que dependem apenas do Ministério da Cultura e dos institutos dependentes. Será que os atrasos nos pagamentos e o congelamento dos concursos (alguns até concluídos) não podem ser resolvidos de imediato ? A formação profissional e o estabelecimento de objectivos dos serviços e dos funcionários são algo de tão complexo que demore meses a ser discutido na esfera deste ministério ?
Não gostamos de canções de embalar e estamos dispostos a avançar para um outro patamar da nossa luta que pode incluir a divulgação pública dos problemas com que nos debatemos, com a publicitação de casos de injustiça e tratamento diferenciado que conhecemos e até com greves ao trabalho aos domingos que terão um impacto muito negativo no turismo nacional. Não procuramos situações de conflito mas também achamos que já chega de tempo perdido e de indefinições de quem tem a obrigação de decidir.

domingo, abril 17, 2005

O GATO E O RATO

Diz a sabedoria popular que o que sabe o gato sabe também o rato. Serve a citação para ilustrar uma realidade que está a tornar-se demasiadamente comum, e portanto deve ser denunciada, que é a de penalizar o pessoal de vigilância dos museus e monumentos pelo motivo já recorrente de não se verificarem admissões há diversos anos para o desempenho destas tarefas nos diversos serviços.
É de lamentar que o Ministério da Cultura assobie para o lado, fingindo não se aperceber da gravidade da situação, que os institutos, salvo o IPM também não emitam sinais claros de alerta e sobretudo os directores dos serviços sejam os instrumentos das injustiças que afectam os seus funcionários. Até parece que há muita gente que está distraída ou que nem se importa com este tipo de situação.
Não há horários de trabalho, e eu com isso. Não se respeita o gozo de folgas que permite 1 (um) fim-de-semana por mês no total das oito folgas, que importa desde que não me atinja. Horas extraordinárias em atraso, quero lá saber, comigo está tudo em dia.
Ser dirigente, e portanto liderar pessoas, não é compatível com este tipo de actuação e nem sequer o facto de ocuparem cargos para que foram nomeados por confiança política os iliba de ignorar o que é injusto e moralmente condenável. Há quem esconda a cabeça na areia, felizmente não serão todos. Valha-nos isso!

quarta-feira, abril 13, 2005

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Desde alguns anos a esta parte o IPPAR tem vindo a ministrar cursos de formação profissional a pessoal recrutado através dos centros de emprego para o desempenho de tarefas normalmente efectuadas por vigilantes-recepcionistas. Esta situação tem criado algumas dúvidas que sería interessante esclarecer por quem de direito. Para começar temos o facto de já há mais de seis anos não haver formação para os profissionais do quadro desta categoria, por falta de verbas para o efeito e por manifesta falta de pessoal. Será que os meios não estão a ser mal empregues uma vez que o horizonte temporal de ocupação destes trabalhadores, na situação de desempregados, é de apenas doze a dezoito meses?
Em segundo lugar sabemos que a formação se divide actualmente em três cursos distintos, o de vigilância, o de técnica de vendas e o de monitores de serviços educativos, sendo que pelo menos duas destas valências são tarefas exigíveis aos funcionários do quadro da carreira de vigilante-recepcionista. Porquê tantos cursos ? Qual o valor acrescentado para os serviços depois desta formação ? Saem os candidatos preparados para as ditas tarefas em locais de trabalho diferentes com uma formação uniforme ?Por último fica outra dúvida que nos foi apontada como certeza por parte de alguns funcionários: estará a ser ministrada formação aos funcionários a formação contínua que devería ser dada pelos dirigentes desses serviços ? Quantos dos directores se empenharam nestes últimos anos em melhorar os conhecimentos dos seus subordinados para melhor elucidarem os visitantes dos monumentos sob sua responsabilidade ?

sexta-feira, abril 08, 2005

Produtividade e frustração

Fala-se muito no necessário aumento da produtividade, teoriza-se muito, fazem-se estudos mas ninguém parece interessado em descer ao fundo da questão e inteirar-se das razões da falta de produtividade.
Na área do Património quem tem tempo para discutir a produtividade, se a questão que consome todas as energias é a luta diária por manter os serviços a funcionar ? Como é que há disponibilidade para melhorar a qualidade do serviço prestado se não há meios humanos e materiais para manter as portas abertas dos museus e monumentos ?
Compreende-se que haja quem se debruce sobre o tema mas os primeiros passos a dar para resolver o problema, que naturalmente existe são: a organização, a dotação de meios, o diálogo e o estabelecimento de metas a atingir. È necessário, diría mesmo indispensável, começar por arranjar o tecto e partir depois para o resto do edifício como se faz no restauro de um monumento.Sem vontade política e sem os meios necessários, discutir-se a produtividade, é como chover no molhado.

domingo, abril 03, 2005

DEPOIS DA PÁSCOA

Passou a Páscoa, foram pagas verbas em atraso referentes a trabalho extraordinário realizado no ano de 2004, sim no ano passado, e agora vamos ver o que é que a nova equipa do Ministério da Cultura tem para nos dizer sobre o futuro. Estamos à espera ...

ALERTA - PATRIMÓNIO

A Cultura em Portugal tem sido um parente pobre para diversos governos e o Património não foi uma excepção. Museus, palácios, monumentos e sítios vivem horas difíceis com falta de recursos humanos e materiais que se refletem no seu funcionamento e até no seu aspecto geral.
Neste local verá em breve relatos e críticas que o podem ajudar a compreender melhor a situação.