Até há bem pouco tempo não lia
nada escrito por João Miguel Tavares (lia o DN), e só o ouvia num programa
televisivo, e discordava quase sempre das suas opiniões, que eu comparava às de
Miguel Sousa Tavares (acho que não são aparentados), pelo menos no “azar” que
ambos nutrem à coisa pública e aos funcionários do Estado.
Hoje li um artigo de opinião de
JMT e lá estava tudo, como se depreende pelo título, “o Estado come tudo e não
deixa nada”. Começa pela frase “”sim todos sabemos que a primeira leva do
dinheiro da Europa foi gasta em viadutos e auto-estradas (e jipes)…”,
seguindo-se “… ou seja, 87% dos recursos de topo foram canalizados para
financiar projectos estatais, e apenas uns insignificantes 13% puderam ser
aproveitados por empresas privadas”.
Claro que podemos discutir os
projectos aprovados no tempo de Cavaco Silva e os do programa Portugal 2020, e
que por certo seremos muitos a concordar que foram más apostas e que se
esbanjou muito dinheiro, mas concluir que o Estado comeu tudo, é um disparate.
As grandes empresas de construção
civil que fizeram os viadutos e as auto-estradas, são privadas, e os jipes, bem
como os montes alentejanos (que não menciona), também foram parar a privados e
não ao Estado.
Confesso que em algumas alturas
fiquei a pensar se João Miguel Tavares não estaria confuso, afinal o Estado
somos todos nós, mas depressa afastei o pensamento e pensei, deixa para lá, nem
vale a pena perder tempo a ler este senhor…
O Grande Comilão
1 comentário:
Eu nunca li.
Abraço e bom fim de semana
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