Dois escritores portugueses,
diferentes acima de tudo, um limitado às suas convicções, outro diverso, livre
e cidadão do mundo, sem amarras chegando mesmo a dividir-se em heterónimos,
talvez só comparáveis por serem observadores do mundo que os rodeia, embora
separados pelo tempo e pelas circunstâncias.
Tendo assistido a várias dissertações sobre “o ano da
morte de Ricardo Reis”, fiquei ainda mais convencido da excelência de Pessoa e
reforcei a minha opinião sobre Saramago, de quem não consigo gostar, apesar de
várias tentativas.
TEMPO - O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Livro do Desassossego
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TEMPO - O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Livro do Desassossego
1 comentário:
Cansei-me da escrita oralizada de Saramago, mas continuo a admirá-lo.
Adorei "Levantado do Chão", mas não achei piada nenhuma a "Evangelho Segundo Cristo", estupidamente censurado por Lara.
Desejo excelente fim de semana
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