O senhor ministro da Cultura não
pediu um milagre, como o anterior, nem iludiu o facto de estar num ministério
com um orçamento insuficiente, o que já não é um mau sinal.
Desconhece o senhor ministro a
enorme escassez de pessoal de atendimento ao público, que até o Tribunal de
Contas admitiu recentemente e que não foi devidamente aproveitada para a
abertura das vagas existentes, não se percebe bem porquê. Parece, segundo as
suas palavras, que encontrou uma solução para os cerca de 100 contratos a termo
incerto que estavam em vias de caducar, e isso também é outra boa notícia.
Foi anunciada a aprovação da
museografia do Museu Nacional dos Coches com os respectivos fundos, o que já
não era sem tempo, visto que estava anunciada para o ano passado, e este ano o
valor das entradas já devia ter sido ajustado. Espera-se que a sinalética
exterior também seja melhorada porque ver folhas A-4 coladas nos vidros é
deprimente.
O problema do Côa será difícil de
resolver, a solução actual não funcionou como se esperava, as dívidas existem,
o museu perdeu a capacidade de resposta e ficou demonstrado que a gestão
partilhada esbarra com muitas dificuldades.
Por último, e não menos
importante, que tal pagar decentemente o trabalho extraordinário, e dizer aos
senhores directores que a opção de compensação em tempo é uma prerrogativa dos
funcionários, não podendo ser imposta. O senhor ministro e a directora-geral da
DGPC deviam tentar perceber melhor o descontentamento dos funcionários que
atendem o público.
1 comentário:
Desde quando os superiores pedem opiniões aos subordinados, em Portugal?
Lol
AnarKa
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